O pacote salarial de US$ 46 bilhões explica a queda de Elon Musk e as dificuldades da Tesla
Empresa deveria estar focada em melhorar seus carros elétricos, mas segue concentrada no crescimento das ações
Tecnologia e Ciência|J. Bradford DeLong, do The New York Times

Elon Musk não é apenas mais um bilionário inconsequente do Vale do Silício.
A maioria de seus colegas inconsequentes tem duas realizações principais: aparecer no lugar certo na hora certa e ser suficientemente arrogante para continuar se mantendo no curso, em vez de diversificar. Se não estivesse ali, outra pessoa teria ocupado o lugar, e as coisas seriam praticamente as mesmas.
Mas Musk mudou o mundo.
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Ele queria dar o pontapé inicial na descarbonização da energia da civilização humana e foi bem-sucedido. Levou a Tesla a criar o setor de veículos elétricos tal como o conhecemos hoje. Mas prometeu coisas demais. Muitas vezes se superou, e se superou novamente, de forma espetacular. Foi realmente maravilhoso o desempenho da Tesla como inventora, fornecedora e implantadora de tecnologia.
Reparem que a frase acima está no tempo ado. Muita coisa mudou desde 2018, ano em que a Tesla idealizou um pacote de remuneração pouco ortodoxo que, em teoria, vinculava a remuneração de Musk ao desempenho da empresa. O problema é que o desempenho não foi atrelado à fabricação em escala de carros de alta qualidade ou íveis, mas sim ao aumento do preço das ações da Tesla.
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