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Quando o treino vira vilão: conheça os perigos do ‘overtraining’

Excesso de atividades físicas pode causar de dores persistentes a problemas cardíacos e depressão; especialistas indicam quais são os sinais de alerta do corpo

Saúde|Thais Szegö, da Agência Einstein

O 'sobretreinamento' também pode causar irritabilidade, depressão e até arritmia cardíaca Tima Miroshnichenko - Pexels

A busca por resultados rápidos na academia ou a preparação intensa para competições pode levar muitas pessoas a desrespeitarem os limites do corpo. O resultado? O overtraining (sobretreinamento, em tradução livre) — condição que pode desencadear uma série de problemas físicos e mentais.

“Pode haver fadiga extrema e prolongada mesmo após o descanso e o sono, falta de ar excessiva, dor muscular por mais de 24 horas, falta de força nos músculos por mais de dois dias e dificuldade para realizar as atividades do dia a dia”, avalia Karina Hatano, médica do esporte no Hospital Israelita Albert Einstein.

Além desses sintomas, o overtraining pode atrapalhar o sono, causar irritabilidade, depressão e até arritmia cardíaca. “Frequência cardíaca de repouso mais elevada do que o normal, com cerca de 5 a 10 batimentos acima da média, queda no desempenho, diminuição temporária da imunidade, hipoglicemia, irritabilidade, insônia e queda da libido também são indícios de que as atividades aeróbicas estão em excesso, comenta Fabrício Buzatto, médico do esporte e fisiatra.

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Nas práticas de força, como musculação ou HIIT (treino intervalado de alta intensidade, em português), é importante atentar-se a sinais de sobrecarga. Segundo Buzatto, a perda de resposta do corpo, diminuição da força ou falha precoce durante séries habituais são alguns deles.


Desmotivação ao se exercitar, desconfortos musculares que persistem por mais de 72 horas e dores recorrentes nas articulações ou tendões também podem indicar que a atividade foi intensa demais.

Ignorar tais sintomas pode levar a complicações mais sérias. No longo prazo, o excesso de treinamento pode resultar na perda de massa muscular, tendinite, fraturas, desgaste das articulações e artrose. “Também pode haver queda na testosterona e no hormônio do crescimento, disfunção na tireoide, resistência à insulina — hormônio que permite a entrada da glicose nas células — depressão, ansiedade e aumento no risco de doenças do coração, entre outros”, explica Buzatto.


Respeitar os limites é importante

Para evitar o overtraining, é essencial respeitar os limites do corpo, garantir períodos adequados de descanso e recuperação, manter uma alimentação equilibrada e contar com a orientação de profissionais qualificados na realização de atividades físicas.

Se sentir algum desconforto fora do normal após uma sessão de treino, como muita dor, interrompa os exercícios e procure um médico. Sintomas mais graves, como cãibras, náuseas, vômitos e urina escura, podem indicar rabdomiólise — a quebra de fibras musculares, que libera substâncias perigosas no sangue e pode levar a problemas nos rins.


Outros pontos de atenção incluem interrupções no ciclo menstrual e mudanças frequentes no sono e no humor. O profissional de educação física é crucial para orientar que os movimentos sejam feitos de maneira correta e auxiliar o praticante a perceber possíveis excessos.

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