Golpe do amor: 50 suspeitos são presos e governo prepara ação contra o crime
Segundo a Secretaria de Segurança, 70% dos sequestros utilizam o pix como método de extorsão a partir de apps de relacionamento
São Paulo|Nayara Paiva, da Agência Record

A SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo) está preparando um protocolo de atendimento para enfrentamento do chamado "golpe do amor". As polícias trabalharão integradas, com trocas de informações, contra os sequestros que começam nos aplicativos de relacionamento.
O protocolo não foi detalhado para preservar o método de trabalho e inteligência policial, mas, de acordo com o governo de SP, já apresenta resultados em testes de seu projeto piloto. Desde o início do ano, 50 sequestradores foram presos. Um dos pontos das tratativas com os bancos é a ativação da localização durante a transferência via pix.
O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, conta que 70% dos sequestros que utilizam o pix como método de extorsão começam com os aplicativos de relacionamento. Por isso, a iniciativa da criação de um protocolo.
"Estamos diante de uma modalidade criminosa nova. Isso está no radar e é prioridade. Por isso, fizemos várias tratativas com instituições bancárias, das quais derivou nosso novo protocolo", afirma Derrite.
Novo modo de sequestro: veja dicas para não cair no golpe do amor
O famoso golpe do amor já é quase rotina na vida dos paulistanos. Desde o surgimento dessa modalidade de sequestro, no início de 2021, a Divisão de Antissequestro de São Paulo prendeu mais de 420 pessoas e instaurou quase 190 inquéritos policiais, conf...
O famoso golpe do amor já é quase rotina na vida dos paulistanos. Desde o surgimento dessa modalidade de sequestro, no início de 2021, a Divisão de Antissequestro de São Paulo prendeu mais de 420 pessoas e instaurou quase 190 inquéritos policiais, conforme apurou o R7. Além disso, a maioria das vítimas são homens, que marcam encontros por meio de aplicativos de namoro e caem na conversa de que verão as mulheres que conhecem apenas por fotos — que muitas vezes são falsas