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‘A sociedade e os pais vão ficando mais informados’, diz psicólogo sobre diagnóstico do autismo

Censo de 2022 revelou, nesta sexta-feira (23), que 2,4 milhões de pessoas no Brasil vivem dentro do espectro autista

Jornal da Record News|Do R7

Dados do Censo de 2022 apontam que 1,2% dos brasileiros está dentro do espectro autista. Esta é a primeira vez que o levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apresenta dados sobre indivíduos com autismo e outras deficiências.

A pesquisa é muito importante para a elaboração de diretrizes específicas para a população autista, segundo o psicólogo Fábio Coelho, especializado no transtorno. “Fundamental para as políticas públicas de intervenção precoce, para um tratamento adequado e inclusão escolar.”

Ao Jornal da Record News desta sexta-feira (23), o psicólogo explica que os diagnósticos de autismo aumentaram nos últimos anos devido aos avanços na medicina para identificar os sinais da condição, e não a um aumento repentino de casos. Mitos como uma dinâmica familiar negligente com a criança e vacinas causarem autismo “caem por terra — a sociedade e os pais vão ficando mais informados”, segundo o especialista.

Coelho comenta que o autismo pode ser condicionado pela genética — ou seja — pelo histórico familiar. “A base genética é muito forte, isso é consensual dentro das evidências científicas. Não temos ainda a tecnologia para identificar os principais genes envolvidos, provavelmente são centenas”, explica o psicólogo.

A abordagem em relação à condição não deve ser de confrontar o autismo como uma “doença” a ser tratada. O especialista ressalta que não existe um medicamento para “curar” o autista. Terapias com cargas horárias maiores — entre 10 e 20 horas semanais — fazem parte do tratamento.

Comorbidades relacionadas ao autismo, como hiperatividade e convulsões, podem ser aliviadas com medicamentos específicos. Entretanto, quem está no espectro “precisa de uma equipe interdisciplinar que vai acompanhar essa criança em diferentes ambientes — na clínica, mas também na escola e no ambiente domiciliar”, conclui Coelho.

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