'Nesse país, professor, que já foi motivo de festa, hoje é tratado mal e porcamente', diz Lula
Lula discursou na abertura do Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas nesta terça-feira (11), em Brasília
Hora News|Do R7
Durante discurso na abertura do Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas nesta terça-feira (11), em Brasília, o presidente Lula comentou algumas questões relacionadas a ações do governo federal, como o Pé de Meia e o Bolsa Mais Professores. “Um presidente da República, um governo, que fica sabendo que meio milhão de jovens na idade do ensino médio desiste da escola para poder ajudar no pão de cada dia, teria responsabilidade.”
Lula voltou a falar sobre a desvalorização dos professores, repetindo o tom do discurso feito durante o lançamento do programa Mais Professores. “Nesse país, professor, que já foi motivo de festa, já foi motivo de poesia, já foi motivo de música, hoje é tratado mal e porcamente [...] Hoje ninguém mais quer ser professor, as pessoas não querem mais. É uma profissão que exige muito, se paga pouco, embora quem paga sempre acha que é muito. O empresário quando paga R$ 1.900 para um trabalhador acha: ‘é muito, eu pago muito’. O trabalhador acha: ‘eu ganho pouco’. Os empresários não têm que olhar o trabalhador como trabalhador, eles têm que olhar o trabalhador como consumidor dele. O dinheiro que ganha, ele vai comprar as coisas que produz na fábrica, e quem vai ganhar é o patrão.”
O presidente ainda ressaltou a importância das prefeituras para o bom funcionamento do país. “A prefeitura é o famoso alicerce para que a União dê certo. É o famoso alicerce para que os governadores possam ter sucesso. Sem esse alicerce, a gente não consegue construir a casa-forte que a gente precisa.”
Lula ainda contou uma história de quando viu pessoas pedindo por insumos na porta da casa do prefeito na cidade de Mirandiba, em Pernambuco, e afirmou ter acabado com tal prática. “Hoje as pessoas não vão pedir um quilo de arroz ou um quilo de feijão porque têm políticas públicas que garantem a ele o mínimo necessário para comer, tem a farmácia popular, que garante o mínimo necessário para tomar um remédio.”
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