Apoio da Alemanha à Ucrânia pode ampliar conflito com a Rússia, diz especialista
Países anunciaram acordo para produção conjunta de mísseis de longo alcance
Conexão Record News|Do R7
O respaldo indireto da Alemanha à Ucrânia, com a produção conjunta de mísseis de longo alcance, pode ser interpretado pelo presidente Vladimir Putin como se o país alemão e as outras nações europeias fizessem parte do conflito, segundo Manuel Furriela, analista internacional.
Em entrevista ao Conexão Record News desta quinta-feira (29), Furriela avalia o momento atual da guerra no Leste Europeu, com países da UE intensificando seu e a Kiev como forma de compensar a ausência do apoio dos Estados Unidos.
“O governo Donald Trump recuou nos investimentos que fazia a favor da Ucrânia, deixando por conta da Europa essa função, já que há um grande receio da UE de que as pretensões russas de expansão territorial não se restrinjam à Ucrânia”, explica o especialista.
Em Berlim, o presidente Volodymyr Zelensky e o chefe do governo alemão, Friedrich Merz, anunciaram um acordo para produção conjunta de mísseis de longo alcance. A iniciativa busca intensificar a pressão sobre o governo russo em meio ao conflito, que já dura mais de três anos. A formalização da cooperação militar entre os dois países foi vista com preocupação por Sergey Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia.
O Kremlin sugeriu negociações diretas com Kiev para discutir o término do conflito, propondo condições que incluem o compromisso dos líderes ocidentais de não expandir alianças militares para nações vizinhas à Rússia, como a Ucrânia. As exigências também incluem a suspensão dos embargos econômicos pelo Ocidente.
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