Suposta indenização por morte em queda de viaduto provoca briga por guarda de criança
Pai diz que teria recebido proposta de R$ 800 mil da construtora responsável pela obra
Minas Gerais|Do R7 com Record Minas
Uma suposta indenização pela morte de Hanna Cristina dos Santos, que morreu no desabamento do viaduto na avenida Pedro 1º, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, em julho deste ano, provocou uma batalha judicial pela guarda de Ana Clara dos Santos, de seis anos. A luta na Justiça dura quatro meses, desde que a mãe da menina, a motorista de um coletivo, morreu na tragédia.
A menina está atualmente com o pai Enderson Oliviano por decisão da Justiça. Ele afirma que sempre foi muito próximo da criança.
— Eu e a mãe a levávamos para a escola, dávamos alimentação. Os avós nunca cuidaram dela. Eles moravam em Pará de Minas. Eu estou exercendo o meu direito de pai. Eu tenho outros três filhos.
O argumento do pai de Ana Clara é que a família da motorista está interessada em dinheiro. Segundo uma declaração que consta no processo, quando Oliviano procurou a construtora para fazer um acordo, teria recebido uma proposta de indenização no valor de R$ 800 mil. A avó Analina Santos nega a acusação e diz que abre mão do dinheiro.
— Se o juiz quiser rever o assunto e falar que ele fica com indenização e me dar a menina, espero que faça isso. Eu não preciso de dinheiro para criá-la.
A garota diz que quer ficar com os avós. A advogada do casal Marcela Rangel alega ainda que Ana Clara sempre morou com a família de Hanna. A diretora e a pedagoga da escola da menina teriam se disponibilizado para depor a favor dos avós para comprovar isso.
— Quando ele veio buscar a menina, ela saiu esperneando. Os pais da Hanna não se interessam neste dinheiro porque de toda forma eles têm o direito a indenização por serem familiares da vítima. Então, eles só querem manter a condição da criança porque sempre a criaram junto com a Hanna.
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Ainda conforme Marcela, os avós irão recorrer da decisão da Justiça. A advogada acredita que não é possível que esta indenização de fato exista, uma vez que ainda não foram encontrados os culpados pela queda do viaduto.
— Ainda não foi concluído o inquérito policial, então, não tem como falar em indenização.
A assessoria da Cowan informou que a informção de ter oferecido R$ 800 mil como indenização pela morte de Hanna a Enderson Oliviano não procede.