Ucrânia apresenta pistola eletrônica que promete bloquear voo de drones russos
Dispositivo é comercializado como uma ferramenta de proteção pessoal para soldados de Kiev
Internacional|Do R7

O Ministério da Defesa da Ucrânia oficializou na última terça-feira (27) o uso de um novo dispositivo portátil contra drones inimigos, a chamada “pistola antidrone”. Desenvolvido como ferramenta de autodefesa para soldados em campo, o equipamento atua por meio de supressão radioeletrônica, bloqueando o sinal de controle de drones do tipo FPV.
Segundo comunicado publicado no site oficial da pasta, o dispositivo já está disponível no mercado militar Brave1 Market e pode ser adquirido por 85 mil grívnias ucranianas (R$ 11 mil) ou por “ePoints” — moeda virtual acumulada por militares que destroem equipamentos ou tropas inimigas.
A pistola, que pesa pouco mais de 1 kg, tem potência de saída de 50 W e opera em frequências de 700 a 1000 MHz. O alcance de interferência é de até 100 metros, com autonomia contínua de 60 minutos. “Compacta e com design moderno”, segundo Kiev, a arma eletrônica foi projetada para fácil manuseio em situações de combate.
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Apesar da novidade, especialistas apontam limitações importantes. A pistola cobre apenas parte do espectro de frequências usadas por drones FPV. Modelos russos, por exemplo, operam também em faixas de 290 a 340 MHz ou de 950 a 1100 MHz, frequências que escapam à capacidade de interferência do novo equipamento. Equipamentos russos que utilizam essas bandas podem continuar operando mesmo sob ataque da pistola antidrone.
Paralelamente, o Exército ucraniano também vem testando dispositivos físicos para neutralizar drones, como lançadores de rede em formato de pistola. Um modelo da empresa ucraniana Ptashka Drones foi demonstrado durante treinamentos de recrutas em março.
A arma dispara uma rede de 3,5 metros de diâmetro, com alcance de até 30 metros, sendo capaz de cobrir uma área de até 15 metros de extensão. A solução é voltada especialmente para drones kamikazes que se aproximam em velocidade.
Ainda assim, o uso crescente de drones comerciais adaptados para combate, como o chinês Mavic 3, que pode lançar pequenas bombas, exige novas soluções. Esses aparelhos operam em frequências distintas e não são facilmente interceptados por redes.
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