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Rússia reforma base aérea na Líbia para ampliar operações militares na África, diz relatório

Relatório aponta que o projeto de restauração da base envolve militares russos, forças sírias e empreiteiros civis

Internacional|Do R7

Base de Matan al-Sarra tem relevância histórica para as forças militares da Líbia
Base de Matan al-Sarra tem relevância histórica para as forças militares da Líbia Reprodução/X - @Oded121351

O Kremlin está restaurando uma antiga base aérea no sudeste da Líbia como parte de um esforço para expandir sua presença militar no continente africano. A informação foi publicada na última quarta-feira (17) pela Fundação Jamestown, um think tank especializado em defesa com sede em Washington D.C., capital dos Estados Unidos.

A base em questão está localizada em Matan al-Sarra, perto da fronteira com o Chade. Inativa desde 2011, a área começou a ser reformada em dezembro de 2024 e poderá servir como centro logístico estratégico para operações na África Central. A reforma da instalação incluirá pontos de reabastecimento para aviões cargueiros militares russos e oferecerá uma base de monitoramento dos fluxos migratórios em direção à Europa. A base também deve funcionar como apoio para operações em países como o Sudão.

O relatório aponta que o projeto envolve militares russos, forças sírias e empreiteiros civis, o que indica uma operação coordenada e de longo prazo. A base está localizada em uma zona com condições ambientais adversas, caracterizada por altas temperaturas e escassez de chuvas por boa parte do ano. Esses fatores aumentam os desafios logísticos para manter uma presença militar constante na região.

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Matan al-Sarra está sob controle de um batalhão comandado por um dos filhos de Khalifa Haftar, figura central na política líbia e líder militar no leste do país. O envolvimento de Haftar sugere um acordo estratégico com Moscou. A Rússia vem aprofundando seus laços com o comandante líbio nos últimos anos. Em 2020, forneceu ao menos 14 caças MiG-29 e Su-24 ao Exército Nacional Líbio, liderado por Haftar. Analistas da Fundação Jamestown avaliam que, em troca, o militar líbio pode buscar o a armamentos russos mais modernos.


Além disso, a operação russa parece contar com alianças locais, como os Toubou, grupo étnico nômade que controla vastas áreas da região, e a tribo árabe Zuwayya. O território dos Toubou é estratégico, especialmente para o o às áreas de mineração de ouro no Sudão e para o aumento da influência russa no vizinho Chade.

A base de Matan al-Sarra também tem relevância histórica. Em 1989, ela foi usada por Haftar, então comandante das forças de Muammar Gaddafi, como ponto de partida para uma campanha militar contra o Chade. Após o fracasso da operação, Haftar desertou e foi para os Estados Unidos. Ele retornaria à Líbia apenas em 2011, após a queda do regime de Gaddafi.


O relatório ainda menciona movimentos paralelos, como a tentativa da companhia aérea estatal de Belarus, a Belavia, de adquirir três aeronaves A330 anteriormente registradas por uma empresa da Gâmbia. Analistas do setor suspeitam que a iniciativa possa ajudar a Rússia a contornar sanções ocidentais impostas à sua aviação civil após a invasão da Ucrânia em 2022.

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