Rússia planeja fechar fronteira para evitar saída de homens do país
A medida entraria em vigor após os referendos de integração dos territórios ucranianos de Donetsk, Lugansk, Kharkiv e Zaporizhzhia
Internacional|Do R7

O governo da Rússia planeja fechar a fronteira para os homens em idade de mobilização, depois que dezenas de milhares de pessoas deixaram o país, desde que o presidente, Vladimir Putin, decretou estado de mobilização parcial, conforme publica nesta segunda-feira (26) a imprensa local.
A proibição entraria em vigor após os referendos de integração com a Rússia, que acontecem nos territórios da Ucrânia ocupados parcialmente pelas tropas russas, de Donetsk, Lugansk, Kharkiv e Zaporizhzhia, segundo veiculou o site russo Meduza.
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Atualmente, apenas homens que recebem autorização por escrito dos centros de recrutamento militar podem deixar o território nacional. Por causa disso, segundo o site The Bell, os guardas fronteiriços do Serviço Federal de Segurança (FSB) nos aeroportos receberam lista de russos que devem ser mobilizados.
Cerca de 261 mil russos teriam cruzado a fronteira entre quarta-feira (21) e sábado (24), conforme veiculou o site Novaya Gazeta Europa, que cita fontes do FSB. Já nos círculos da Presidência russa, existem dúvidas sobre a quantidade, embora tenham itido que a tendência é preocupante e que os militares poderiam convencer Putin da necessidade de medidas urgentes para conter esse êxodo.
Segundo o advogado de direitos humanos Pavel Chikov, a guarda fronteiriça do FSB já impediu a saída da Rússia de pessoas que tentavam ir para o Cazaquistão.
O jornal RBC informou hoje que o Serviço Federal de Segurança decidiu deslocar blindados para a agem fronteiriça entre a Ossétia do Norte e a Geórgia, para evitar incidentes. Na região, são formadas filas quilométricas há dias, assim como na fronteira com a Finlândia, o Cazaquistão e a Mongólia.
Enquanto isso, continuaram os ataques contra centros de alistamento na Rússia. O último aconteceu hoje na região de Irkutsk, na Sibéria. No local, um jovem disparou à queima-roupa contra um comissário militar, que ficou gravemente ferido.
Segundo o site Meduza, cerca de 20 centros de alistamento foram atacados, muitos deles com coquetéis molotov, desde o início da chamada "operação militar especial" convocada por Putin na Ucrânia, mais da metade nos últimos dias. Também houve ataques contra sedes de órgãos públicos e do partido do presidente, o Rússia Unida.
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