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Rússia deu defesas aéreas avançadas à Coreia do Norte em troca de apoio contra a Ucrânia

Relatório revela envio massivo de armamentos, tropas e mísseis que violam resoluções da ONU e ampliam conflito na Europa Oriental

Internacional|Do R7

Vladimir Putin e Kim Jong-un se encontram em Pyongyang, em 2024 Reprodução de vídeo/Record

Um relatório detalhado da Multilateral Sanctions Monitoring Team (MSMT), grupo formado por 11 países membros da ONU, expõe o aprofundamento da cooperação militar entre Coreia do Norte e Rússia no conflito contra a Ucrânia.

Segundo o documento, Pyongyang forneceu a Moscou uma grande quantidade de armamentos, mísseis e pessoal militar, violando diversas resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

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Entre janeiro e dezembro de 2024, a Coreia do Norte entregou à Rússia pelo menos 100 mísseis balísticos usados para atacar cidades ucranianas, como Kiev e Zaporizhzhia, além de infraestrutura civil estratégica. O arsenal inclui também munições de diversos calibres compatíveis com sistemas russos, com estimativas de até 9 milhões de tiros entre artilharia e foguetes enviados em 2024.


O envio se deu em mais de 20 mil contêineres desde setembro de 2023, transportados inicialmente por ferrovia e depois por embarcações de bandeira russa, além de cargas aéreas para itens sensíveis, como lançadores de mísseis e sistemas de guerra eletrônica.


No âmbito de equipamentos pesados, Pyongyang enviou três brigadas de sistemas de artilharia, veículos militares e lançadores múltiplos de foguetes, bem como mísseis antitanque Bulsae-4, confirmados pelo Ministério da Defesa da Ucrânia após serem recuperados em campo.


Além do e material, mais de 11 mil soldados norte-coreanos foram destacados para a Rússia no fim de 2024, participando de combates na região de Kursk, treinados em táticas modernas por tropas russas. Outros 3.000 militares chegaram no início de 2025, embora relatos indiquem pesadas baixas nas forças enviadas.

A parceria inclui transferência de tecnologia e equipamentos de defesa aérea russos, como veículos de combate Pantsir, além de compartilhamento de dados operacionais para aprimorar o sistema de mísseis de Pyongyang. Em troca, a Coreia do Norte enviou trabalhadores para setores de construção, têxtil e TI na Rússia, numa tentativa de fortalecer laços econômicos apesar das sanções internacionais.

O relatório denuncia ainda operações financeiras ilegais, com movimentações em rublos via bancos sancionados na região separatista da Ossétia do Sul, burlando medidas da ONU que proíbem relações com instituições norte-coreanas.

Países do MSMT, incluindo Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Japão e Alemanha, emitiram comunicado conjunto exigindo que a Coreia do Norte retome negociações diplomáticas significativas e alertando para os riscos crescentes dessa aliança para a segurança global.

O MSMT é um grupo formado por um coalizão de 11 países membros da ONU que se dedica a monitorar e investigar o cumprimento das sanções internacionais, especialmente aquelas impostas contra a Coreia do Norte. Esse grupo foi criado em outubro de 2024, após a Rússia vetar a renovação do mandato do antigo de especialistas da ONU responsável por fiscalizar as violações das sanções contra Pyongyang.

Enquanto Rússia e Coreia do Norte negam publicamente as transferências de armas, evidências obtidas por inteligência aberta e imagens de satélite confirmam a expansão da cooperação militar e a intensificação dos ataques russos na Ucrânia com o apoio norte-coreano.

O pacto de defesa mútua assinado em junho de 2024 entre Vladimir Putin e Kim Jong-un formalizou esse alinhamento, ameaçando prolongar o conflito e aumentar a instabilidade na Península Coreana.

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