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Reféns israelenses falam de torturas: ‘Chorava pela família, sem saber se estavam vivos’

Após 498 dias, três reféns retornam a Israel e expõem abusos físicos e psicológicos sofridos em mãos do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina

Internacional|Do R7, em Brasília

A partir da esquerda: Sasha Troufanov, Sagui Dekel-Chen e Iair Horn, reféns libertados neste sábado Arquivo pessoal

Depois de mais de 16 meses em cativeiro, os israelenses Sagui Dekel-Chen, Sasha Troufanov e Iair Horn foram libertados no sábado (14), trazendo consigo relatos de tortura, privação e medo. Os três foram sequestrados do Kibutz Nir Oz durante o ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023 e permaneceram em poder dos sequestradores por 498 dias.

As informações, divulgadas por membros da família aos canais de mídia israelenses 12 e 13 e à emissora pública Kan, revelam que Dekel-Chen, que lutou contra terroristas no dia do ataque antes de ser capturado, acabou baleado no ombro durante o sequestro e ou as primeiras semanas de cativeiro em um hospital de Gaza. Ele foi torturado durante os interrogatórios por seus captores, carregando cicatrizes como prova do sofrimento.

Além da tortura, os reféns foram mantidos em isolamento, sem o a informações sobre o mundo exterior ou sobre o destino dos parentes, descreve o jornal Times of Israel.

“Ele [Dekel-Chen] chorava e lamentava por nós, temendo o pior, mas também mantinha esperança”, contou sua esposa, Avital, que estava grávida de sete meses à época do sequestro. Ele só soube do nascimento da filha, Shachar Mazal, após ser libertado.


Os captores chegaram a dizer que ele tinha uma filha, mas ele não acreditou até que os representantes das Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram a notícia.

Condições precárias

Os três reféns ficaram mantidos em condições precárias, principalmente em túneis subterrâneos, sem o a cuidados médicos adequados. Horn, que perdeu 10 quilos durante o cativeiro, foi forçado a filmar um vídeo sobre seu irmão, Eitan, que também está refém.


Ele e Dekel-Chen conheceram outros reféns em diferentes momentos, mas o isolamento e a incerteza sobre o destino de seus entes queridos eram constantes.

Troufanov, mantido em cativeiro pela Jihad Islâmica Palestina, ou a maior parte do tempo sozinho, sem o a televisão ou rádio. Ele só soube da morte do pai, Vitaly, após ser libertado. “Ele começou a chorar ao receber a notícia”, relataram representantes das IDF.


Também descobriu que sua mãe, namorada e avó haviam sido libertadas durante uma trégua em novembro de 2023, mas não tinha conhecimento da luta de sua família por sua libertação.

Encontro com a filha e aprendizado do árabe

Apesar das condições físicas debilitadas, os três homens pareciam em melhores condições do que outros reféns libertados anteriormente, descritos como gravemente magros. Eles seguiram para apartamentos em Khan Younis pouco antes da libertação, a poucas centenas de metros de suas casas no Kibutz Nir Oz.

O reencontro de Dekel-Chen com a família se tornou ainda mais emocionante por um motivo. Ao descobrir o nome da filha, Shachar Mazal, ele exclamou: “É perfeito!” Shachar significa “amanhecer” em hebraico, e Mazal, “sorte”. Já Troufanov enfrentou a dor de saber que seu pai não sobreviveu ao ataque de 7 de outubro.

Os três reféns ficaram em Khan Younis, a poucos metros de suas casas no Kibutz Nir Oz, e aprenderam a falar árabe durante o cativeiro. Apesar das condições adversas, o estado geral de saúde dos reféns foi considerado estável pelo Centro Médico Sourasky de Tel Aviv.

Setenta dos 251 reféns sequestrados em 7 de outubro de 2023 ainda permanecem em Gaza. Até agora, dezenove reféns israelenses foram libertados sob o acordo de cessar-fogo, além de cinco reféns tailandeses.

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