'Querem o pânico e o caos', diz Zelenski sobre intenso ataque russo contra a Ucrânia
Bombas lançadas por Moscou atingiram cidades como Dnipro, Zaporizhzhia e Lviv, além da capital, Kiev
Internacional|Do R7

A Rússia lançou, nesta segunda-feira (10), uma onda de bombardeios coordenados e mortais contra várias cidades ucranianas, incluindo a capital do país, Kiev, em represália a uma explosão que destruiu parcialmente a estratégica ponte da Crimeia.
Em um discurso à nação, o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, disse que a manhã desta segunda foi "difícil" e explicou que as forças russas tinham dois objetivos com seus bombardeios.
"Querem o pânico e o caos e querem destruir nosso sistema de energia", afirmou o presidente, e anunciou que as bombas russas atingiram cidades como Dnipro e Zaporizhzhia, no centro do país, e Lviv, no oeste.
"O segundo alvo são as pessoas", denunciou, e acusou o Exército russo de lançar os ataques com o objetivo de "causar o máximo de dano possível".
"Estávamos dormindo quando ouvimos a primeira explosão. Acordamos, fomos ver o que estava acontecendo, e então ocorreu a segunda explosão", relatou à AFP Ksenia Ryazantseva, uma professora de idiomas de 39 anos.
"Não entendíamos o que estava acontecendo (...) bem, estamos em guerra", acrescentou.
Zelenski afirmou que conversou com os líderes da Alemanha e da França e os aconselhou a "aumentar a pressão" sobre a Rússia.
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"Conversamos sobre o fortalecimento de nossa defesa aérea, da necessidade de uma reação europeia e internacional, bem como o aumento da pressão sobre a Federação Russa", escreveu Zelenski no Twitter.
Os líderes do G7, grupo das sete maiores economias do mundo, vão discutir na terça-feira (11) a situação na Ucrânia, segundo Berlim.
A União Europeia considerou os ataques russos contra civis "crimes de guerra", cujos responsáveis "devem prestar contas", de acordo com Peter Stano, porta-voz do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrel.
"Trata-se de uma nova escalada que é absolutamente inaceitável. (...) Esses ataques bárbaros mostram que a Rússia opta por uma tática de bombardeios cegos contra civis", declarou Stano.
O Reino Unido chamou os ataques de "inaceitáveis", e a França, que considerou um "crime de guerra", prometeu aumentar a ajuda militar a Kiev.
Na capital, a polícia disse que pelo menos cinco pessoas foram mortas e uma dúzia ficou ferida.
As autoridades ucranianas afirmaram que o bairro central de Shevkenko, na capital, foi atingido, e uma universidade, museus e o prédio da filarmônica foram danificados.
Um jornalista da AFP que estava na cidade declarou que um dos projéteis caiu perto de um parquinho infantil e que fumaça saía de uma grande cratera.
Vídeos postados nas redes sociais mostravam colunas de fumaça preta sobre várias áreas da capital.
Uma série de ataques com mísseis também atingiu na última segunda-feira (10), a capital da Ucrânia, Kiev. Os disparos foram feitos pelas tropas da Rússia, o que foi confirmado pelo presidente Vladimir Putin. O chefe de Estado tambem informou que novos ...
Uma série de ataques com mísseis também atingiu na última segunda-feira (10), a capital da Ucrânia, Kiev. Os disparos foram feitos pelas tropas da Rússia, o que foi confirmado pelo presidente Vladimir Putin. O chefe de Estado tambem informou que novos atos de "terrorismo" contra o país receberão resposta parecida. A declaração ocorre depois que uma ponte de 19 km de comprimento, que liga o sul da Rússia à península da Crimeia, foi atacada e destruída no sábado (8)