Presidente da Turquia reconhece deficiências na resposta às vítimas de terremoto
Recep Tayyip Erdogan disse que é 'impossível estar preparado para uma catástrofe dessas'; mais de 9.000 pessoas morreram no país
Internacional|Do R7

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, reconheceu, nesta quarta-feira (8), as "deficiências" na resposta ao terremoto que abalou o país e a Síria.
“Claro, há deficiências, é impossível estar preparado para uma catástrofe dessas”, disse o chefe de Estado, que visitou a província de Hatay, uma das mais afetadas, na fronteira com a Síria.
Autoridades e médicos disseram que 9.057 pessoas morreram na Turquia, e 2.992, na Síria, vítimas do terremoto de magnitude 7,8 de segunda-feira (6), elevando o total de óbitos para 12.067. Este número pode dobrar, se os piores cenários previstos pelos especialistas se confirmarem.
"Algumas pessoas desonestas e sem honra publicaram declarações falsas como a de que 'não vimos soldados, nem policiais', na província de Hatay", reclamou Erdogan. "Nossos soldados e nossos policiais são gente honrada. Não permitiremos que pessoas pouco recomendáveis falem deles dessa maneira", afirmou.
O presidente turco disse que 21 mil membros do pessoal de resgate foram mobilizados apenas na província de Hatay.
"Agindo assim, responderemos ao desastre para que ninguém fique sob as ruínas, ou sofra", acrescentou.
Entre os escombros de prédios de uma dezena de cidades do sul e do sudeste da Turquia, devastadas pelo terremoto, sobreviventes à espera de ajuda criticaram o governo turco, dizendo-se "abandonados" em meio ao frio.
A menos de quatro meses da eleição presidencial, as críticas se dirigem, principalmente, a Erdogan, no poder desde 2003.
Cães, máquinas e as próprias mãos: socorristas reviram entulho atrás de sobreviventes após terremoto
As equipes de resgate, voluntários, amigos e familiares contam com a ajuda de cães farejadores, poucas máquinas leves, ferramentas e as próprias mãos para localizar sobreviventes em meio aos escombros do terremoto que já matou mais de 11 mil pessoas na...
As equipes de resgate, voluntários, amigos e familiares contam com a ajuda de cães farejadores, poucas máquinas leves, ferramentas e as próprias mãos para localizar sobreviventes em meio aos escombros do terremoto que já matou mais de 11 mil pessoas na Turquia e na Síria. A chance de encontrar pessoas vivas sob o entulho existe dentro das 72 horas depois da tragédia