'Povo israelense não pode se dar o direito de perder uma guerra', diz brasileiro que mora em Tel Aviv
Ben Benoliel, de 28 anos, serviu no Exército de Israel e afirma que retornar ao Brasil não é uma opção diante da ameaça do Hamas
Internacional|Sofia Pilagallo, do R7

"O povo israelense não pode se dar o direito de perder uma guerra", afirmou ao R7 o brasileiro Ben Benoliel, de 28 anos, que mora em Tel Aviv, em Israel, e serviu no Exército israelense. Segundo ele, toda a população está com medo e teme por sua vida. Apesar disso, este não é o momento de recuar, e sim de lutar. Para ele, retornar ao Brasil agora não é uma opção.
"Eu amo o Brasil, cresci no Rio de Janeiro e estava me planejando para viajar ao país no mês que vem. Mas meu lugar é aqui. Esta é a nossa terra. Nós, judeus, somos nativos deste lugar. Não temos nenhum outro lugar no mundo. Então, nossa única opção é vencer a guerra e sair mais fortes dessa", afirmou Benoliel, que é reservista e pode ser convocado para lutar na guerra.
Israel está imersa no caos desde a madrugada de sábado (7), quando o grupo palestino Hamas realizou um ataque-surpresa em um território israelense próximo à Faixa de Gaza. Na sequência, Israel lançou uma contraofensiva e declarou guerra ao Hamas.
O país lançou mísseis que atingiram 1.200 alvos na Faixa de Gaza no fim de semana e decretou o cerco total do território palestino. A medida impediu o o de palestinos a recursos básicos, como água e comida, e preocupa entidades internacionais.
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No momento do ataque, Ben estava pedalando na estrada em direção ao sul de Israel na companhia de dois amigos. Após o disparo dos foguetes, eles pararam na rodovia e começaram a receber vídeos no celular.
"Minha primeira reação foi de choque, de não acreditar no que estava acontecendo. O primeiro vídeo que recebi foi de um jipe com vários integrantes do Hamas, que portavam metralhadoras e RPG [arma que dispara projéteis explosivos]. Nunca poderia imaginar uma cena dessas", disse Ben.
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Desde o ataque do Hamas no sábado, "nada está funcionando normalmente em Israel", conta o brasileiro. Tel Aviv, que é considerada a cidade mais jovem e vibrante do país, está vazia.
Segundo ele, pouco depois do atentado, o governo enviou uma mensagem a todos os habitantes com orientações para que estocassem mantimentos básicos e se mantivessem em casa pelas próximas 72 horas. Mas o conflito já se encontra no quinto dia, e as pessoas seguem com medo de sair às ruas.
"Eu nunca tinha presenciado nada do tipo", relata o jovem. "Já tinha presenciado outros ataques terroristas pontuais, mas nunca algo dessa magnitude. Foi um horror o que aconteceu."
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O sistema antimíssil de Israel, chamado de Domo de Ferro, foi intensamente usado para impedir que as ofensivas do grupo terrorista Hamas atingissem alvos em território israelense. As imagens do funcionamento desse armamento são impressionantes pela pre...
O sistema antimíssil de Israel, chamado de Domo de Ferro, foi intensamente usado para impedir que as ofensivas do grupo terrorista Hamas atingissem alvos em território israelense. As imagens do funcionamento desse armamento são impressionantes pela precisão, mesmo diante do grande número de foguetes disparados pelo Hamas