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OMS lamenta decisão de Trump de retirar os EUA da organização

Presidente dos EUA disse que começou a romper laços com a agência global ainda no dia da posse

Internacional|Do R7

Trump anunciou retirada da OMS durante de ordens executivas na Casa Branca Divulgação/Casa Branca

A OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou um comunicado oficial nesta terça-feira (21) em que lamenta a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar o país da agência global.

O republicano disse que começou a romper os laços dos EUA com a OMS enquanto assinava uma série de ordens executivas no Salão Oval da Casa Branca, ainda nas primeiras horas após sua posse, na segunda-feira (20).

A declaração veio na esteira do anúncio de retirada dos EUA do Acordo de Paris, tratado que busca manter o ritmo de aquecimento global do planeta abaixo de 2°C até o final do século e buscar esforços para limitar esse aumento até 1,5°.

A OMS, que pertence à ONU (Organização das Nações Unidas), disse que a saída dos norte-americanos representa um golpe significativo para os esforços globais de saúde.


“A Organização Mundial da Saúde lamenta o anúncio de que os Estados Unidos da América pretendem se retirar da Organização. Esperamos que os Estados Unidos reconsiderem e estamos ansiosos para nos engajar em um diálogo construtivo para manter a parceria entre os EUA e a OMS, para o benefício da saúde e bem-estar de milhões de pessoas ao redor do mundo”, diz a nota.

A organização ainda destacou no comunicado a longa parceria com o país, que contribuiu para conquistas históricas, como a erradicação da varíola e a quase erradicação da poliomielite. “Por mais de sete décadas, a OMS e os EUA salvaram inúmeras vidas e protegeram os americanos e todas as pessoas de ameaças à saúde”.


Especialistas dizem que a saída dos norte-americanos pode enfraquecer os esforços globais de saúde, especialmente em momentos de emergência sanitária, como o enfrentamento de surtos de doenças e pandemias.

Por que Trump quer tirar os EUA da OMS?

No texto da ordem executiva, Trump ordenou a suspensão de “futuras transferências de quaisquer fundos, apoio ou recursos do governo dos Estados Unidos para a OMS”. A ruptura é justificada no documento pela “má gestão” da organização durante a pandemia de Covid-19 e outras “crises globais de saúde”.


O novo presidente declarou que a contribuição financeira dos EUA à agência, atualmente em torno de US$ 500 milhões anuais (cerca de R$ 3 bilhões), é “muito superior à da China”. “É muito triste. No entanto, pensem nisso. A China paga 39 milhões e nós pagamos 500 milhões, e a China é um país maior”, declarou.

Esta não é a primeira vez que Trump decide se retirar da OMS. Durante seu primeiro mandato, ele tomou a mesma decisão, no auge da pandemia de Covid-19, em julho de 2020. Na época, alegou motivos semelhantes.

Trump foi acusado de ter dado uma resposta lenta à emergência global da Covid. O país se tornou o epicentro da doença ainda nas primeiras semanas da pandemia, em março de 2020. Os EUA também foram o primeiro país a registrar um milhão de mortes por causa da doença.

A saída dos norte-americanos da OMS foi revertida em janeiro de 2021, depois que o ex-presidente Joe Biden chegou ao poder. O democrata anunciou o retorno do país à agência ainda no primeiro dia de mandato.

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