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O que se sabe sobre o acordo entre EUA e Ucrânia para exploração de terras raras?

Pacto prevê fundo conjunto para reconstrução da Ucrânia e dá aos norte-americanos o preferencial a minerais estratégicos

Internacional|Do R7

O secretário do Tesouro dos EUA e a vice-primeira-ministra ucraniana assinam acordo Reprodução/Facebook/Yulia Svyrydenko

Os Estados Unidos e a Ucrânia am nesta quarta-feira (30), em Washington, um acordo econômico para a exploração de terras raras ucranianas, ricas em minérios estratégicos como titânio, lítio e urânio, além de recursos como petróleo e gás natural.

O pacto, que tem duração de 10 anos, cria um fundo conjunto para financiar a reconstrução do país, devastado pela guerra contra a Rússia desde 2022, segundo informações das agências de notícias Reuters e AP.

O acordo, assinado pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e pela vice-primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Svyrydenko, ocorre após meses de negociações tensas, marcas por um bate-boca entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky em pleno Salão Oval da Casa Branca, em fevereiro.

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Por que o acordo foi firmado?

Trump, que pressionava pelo tratado desde o início do ano, considera o pacto uma forma de a Ucrânia “reembolsar” os EUA pelos bilhões de dólares em ajuda militar e financeira fornecidos durante o conflito.


Segundo Trump, os EUA gastaram US$ 350 bilhões (cerca de R$ 1.9 trilhão) em apoio à Ucrânia, embora dados oficiais do Departamento de Defesa americano apontem um total de US$ 182,8 bilhões (R$ 1.02 trilhão) entre 2022 e 2024, segundo a Al Jazeera.

Bessent disse que a parceria “histórica” enviará um sinal à Rússia sobre o compromisso dos EUA com a paz e a recuperação econômica ucraniana. “Essa parceria desbloqueia os ativos de crescimento do país e mobiliza capital e padrões de governança americanos”.


Na Ucrânia, o primeiro-ministro Denys Shmyhal classificou o acordo como “bom, igual e benéfico” para ambos os lados.

Svyrydenko, em publicação no X, disse que o tratado atrairá investimentos globais e permitirá à Ucrânia determinar quais recursos serão explorados, mantendo a propriedade e o controle de seu subsolo.


“O acordo não gera obrigações de dívida com os EUA e está alinhado com a Constituição ucraniana e o processo de adesão à União Europeia”, disse a ministra à AP.

Detalhes do acordo

Em linhas gerais, o tratado estabelece o Fundo de Reinvestimento Estados Unidos-Ucrânia, que será gerido em parceria igualitária entre os dois países.

Os EUA contribuirão com nova assistência militar e financeira, enquanto a Ucrânia destinará 50% dos lucros e royalties de novas licenças de exploração de recursos naturais, como minerais críticos, petróleo e gás.

A Ucrânia possui depósitos de 22 dos 34 minerais classificados como críticos pela União Europeia, incluindo titânio (usado na indústria aeroespacial), lítio, grafite e manganês (essenciais para baterias de veículos elétricos), além de urânio e elementos de terras raras, como lantânio e neodímio, vitais para tecnologias de defesa e energia renovável.

O país detém cerca de 5% do suprimento global de minerais críticos e 7% da produção mundial de titânio, segundo dados do Ministério da Economia ucraniano e da ONU (Organização das Nações Unidas).

Os EUA terão o preferencial a novos contratos de exploração, mas não receberão automaticamente jazidas ou infraestrutura de gás, segundo a Reuters.

Svyrydenko sugeriu que o fundo poderá financiar sistemas de defesa aérea para a Ucrânia, embora os EUA não tenham comentado essa possibilidade.

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