EUA prendem chinês acusado de espionagem

Prisão ocorreu em Chicago e faz parte de investigação iniciada no ano ado para impedir possíveis recrutamentos de espiões para a China

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7

25/09/2018 - 22h51 (Atualizado em 20/04/2024 - 14h54)

Um cidadão chinês foi preso nesta terça-feira (25), em Chicago, acusado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos de atuar como representante da agência de inteligência chinesa conhecida como MSS (Ministério da Segurança do Estado), segundo artigo da NBC, de autoria de Tom Winter.

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Ji Chaoqun ou um período com visto de estudante no país e, segundo promotores federais, ele estava na verdade verificando antecedentes de oito pessoas, para, se aprovadas, recrutá-las pela agência chinesa. O objetivo seria espionar atividades americanas na área científica, entre outras.

A prisão faz parte de uma investigação dos Estados Unidos sobre o recrutamento de espiões chineses, iniciada no ano ado. Christopher Wray, diretor do FBI, afirmou recentemente que a China é vista como a ameaça “mais significativa” a longo prazo para os Estados Unidos, ressaltando que a espionagem chinesa “cobre tudo, desde sementes de milho em Iowa até turbinas eólicas em Massachusetts e tudo mais.”

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Segundo esta linha de investigação, o PCC (Partido Comunista Chinês) encampa uma espécie de guerra contra os Estados Unidos, mesmo não utilizando o combate corpo a corpo, nem tropas e tampouco armamento militar.

Em relação ao caso de Ji, a denúncia do FBI afirma que ele pagou pelo o a vários sites biográficos para ter conhecimento a respeito dos cidadãos pesquisados. Eles atuavam como engenheiros e cientistas em território americano, tendo trabalhado em empresas de defesa dos EUA e no campo aeroespacial.

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As autoridades demoliram sete projetos de pequenas barragens em 2018, ao longo de um rio, para impedir ações ilegais em uma nova reserva natural. Tais iniciativas, segundo os governantes, visam trazer ordem ao enorme setor hidrelétrico local, depois de anos de construção irrestrita

As represas ficavam em um afluente anônimo do rio Dadu, feroz e propenso a enchentes, que alimenta o Yangtze, o maior e mais longo rio da Ásia, onde o governo diz que o "desenvolvimento irregular" de milhares de pequenos projetos hidrelétricos destruiu a ecologia. Na foto, um homem encontra abrigo da chuva forte dentro de um túnel ao lado de uma imensa barragem de Pubugou no rio Dadu

Isso não significa, segundo grupos ambientalistas, que essa campanha salvará necessariamente o meio ambiente. Eles consideram que as grandes hidrelétricas estatais não serão afetadas e são justamente elas que causaram mais danos

Zhang olha para o peixe que ele pegou no rio Zhougong, outro afluente. Este fazendeiro, de 70 anos, que não quis revelar o seu nome completo, estima que grandes empresas devastaram o ecossistema. Ele se descreveu como um "migrante de energia hidrelétrica", após a inundação de sua terra, há dez anos, por construtores de represas estaduais

Para Zhang (foto), as mudanças no fluxo e na temperatura do Zhougong devastaram a população local de peixes, com uma das espécies favorecidas pelo ex-líder de Sichuan, Deng Xiaoping, sendo dizimadas

"O peixe aqui agora tem um gosto terrível e só serve para cachorros", disse ele, apontando para três carpas prateadas que capturou depois de serem arrastadas pelas águas da enchente de um reservatório rio acima

O agressivo programa de represamento foi implementado há 20 anos. A China procurava maneiras de desenvolver a indústria e levar eletricidade para regiões rurais pobres, não conectadas à rede elétrica

Tal situação, que despertou a ambição de investidores, foi comparada, por ambientalistas, ao frenesi da construção de fundições de aço durante o malfadado "Grande Salto para Frente" de 1958. O programa visava industrializar a sociedade agrária da China, mas causava fome generalizada à medida que agricultores faziam metal em vez de comida

Agora, o governo quer reverter o rumo. A liderança ambientalmente consciente precisa decidir quanto dos 100 gigawatts de capacidade de pequena escala da China precisam ser fechados, ao mesmo tempo em que protege investimentos estatais caros

"A hidreletricidade era uma coisa boa na época, mas, como é comum na China, ela se transformou em um enxame e nós basicamente perdemos o controle", disse Chen Guojie, especialista em energia hidrelétrica da Academia de Ciências da China em Chengdu, na China central

Em junho, auditores estaduais identificaram 24.100 pequenos projetos hidrelétricos nas 11 regiões ao longo do rio Yangtze, e disseram que os custos ambientais de algumas usinas eram altos demais, apesar de terem feito "contribuições históricas" para o desenvolvimento

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