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Desenvolvimento humano atinge menor avanço em 35 anos; inteligência artificial é esperança

Relatório de órgão da ONU revela estagnação global e aumento de desigualdades, mas IA pode ser catalisador de progresso

Internacional|Do R7, em Brasília

IDH para 2024 com projeções estagnadas é apontado em todas as regiões do mundo UN Photo/Manuel Elías - 08.12.2023

O avanço do desenvolvimento humano global desacelerou ao ritmo mais lento desde 1990, desconsiderando os anos de crise aguda.

O alerta consta no Relatório de Desenvolvimento Humano de 2025, divulgado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), que atribui parte desse cenário à ausência de recuperação sustentada após os choques de 2020 e 2021.

A estagnação nas projeções do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para 2024 é apontado em todas as regiões. Medido por indicadores de saúde, educação e renda, o IDH revela ainda o aprofundamento das desigualdades entre países com níveis de desenvolvimento diferentes.

Segundo Achim Steiner, do PNUD, o mundo se distanciou das metas previstas até 2030. “Se o fraco avanço observado se consolidar, esse marco pode ser adiado por décadas, aumentando riscos econômicos, sociais e ambientais”, afirma.


Países com IDH baixo enfrentam desafios mais agudos, pressionados por dívidas crescentes, mudanças tecnológicas sem contrapartida em empregos e restrições comerciais.

Pela quarta vez consecutiva, a diferença entre países com IDH Muito Alto e Baixo aumentou, invertendo uma tendência histórica de aproximação.


Há caminhos possíveis

Apesar do quadro global, o relatório também aponta caminhos possíveis. Um dos focos recai sobre o papel da inteligência artificial no redesenho das estratégias de desenvolvimento.

Para o PNUD, o uso responsável da IA pode abrir novas oportunidades em diversas áreas e ajudar a superar gargalos históricos, especialmente em países em desenvolvimento.


Dados de uma pesquisa apresentada no relatório mostram que 60% dos entrevistados acreditam que a IA pode gerar novas ocupações.

Ao mesmo tempo, metade prevê a automação de suas funções atuais, o que revela uma percepção realista, mas também positiva, sobre o impacto da tecnologia.

Nos países com IDH baixo ou médio, 70% veem na IA um fator de aumento de produtividade. Dois terços esperam que a tecnologia esteja presente em atividades de saúde, educação ou trabalho já no próximo ano.

Apenas 13% temem desemprego devido à automação. “A IA não é solução mágica, mas pode redefinir caminhos de progresso”, afirma Pedro Conceição, diretor do relatório.

O PNUD propõe três eixos prioritários:

  • Integração entre humanos e máquinas, não competição;
  • Participação humana em todas as etapas da IA;
  • Atualização de sistemas educacionais e de saúde.

O relatório destaca ainda a urgência de ampliar o o à eletricidade e à internet para garantir inclusão digital.

“Com políticas adequadas e foco nas pessoas, a IA pode ser ponte para novos conhecimentos, habilidades e ideias — empoderando desde agricultores até pequenos empreendedores”, afirma Conceição.

Saiba mais sobre o IDH

O IDH é uma medida criada pelo PNUD que avalia o nível de desenvolvimento de um país a partir de três dimensões fundamentais:

  • Saúde: medida pela expectativa de vida ao nascer.
  • Educação: avaliada pelos anos médios de estudo da população adulta e pelos anos esperados de escolaridade para crianças.
  • Renda: calculada a partir da renda nacional bruta per capita ajustada pela paridade do poder de compra (PPC).

O IDH varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano. Países são classificados em quatro grupos:

  • Muito alto desenvolvimento humano (IDH ≥ 0,800)
  • Alto desenvolvimento humano (0,700 a 0,799)
  • Médio desenvolvimento humano (0,550 a 0,699)
  • Baixo desenvolvimento humano (IDH < 0,550)

O do Brasil, por exemplo, é de 0,760.

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