Apoio norte-coreano à Rússia na guerra rende US$ 20 bi para ditadura de Kim Jong-un
Coreia do Norte lucra com envio de munições, tropas e e técnico enquanto busca tecnologia militar avançada russa
Internacional|Do R7

A Coreia do Norte embolsou cerca de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 117 bilhões) com seu apoio militar à Rússia na guerra contra a Ucrânia, segundo um relatório do KIDA (Instituto Coreano de Análises de Defesa), financiado pelo governo da Coreia do Sul.
O montante reflete os ganhos obtidos por Pyongyang com o fornecimento de munições, envio de tropas e e técnico, em uma parceria que também garante o a tecnologias militares avançadas.
A maior parte da receita, cerca de US$ 19,2 bilhões, vem da venda de munições, como projéteis de artilharia de 122 mm e 152 mm, mísseis antitanque Bulsae-4, mísseis balísticos KN-23 e RPGs.
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Estimativas apontam que a Coreia do Norte enviou mais de 21 mil contêineres de armas à Rússia por via marítima entre agosto de 2023 e março de 2025, com remessas adicionais possivelmente realizadas por terra e ar.
Além disso, Pyongyang lucrou US$ 630 milhões com transferências de tecnologia e US$ 280 milhões com o envio de cerca de 15 mil soldados para lutar ao lado das forças russas, principalmente na região fronteiriça de Kursk, onde a Ucrânia realizou uma investida em agosto do ano ado.
Cada soldado norte-coreano recebe um salário mensal de aproximadamente US$ 2 mil, além de bônus, embora parte desses valores seja retida pelo regime de Kim Jong-un, segundo a Coreia do Sul.
Apesar de cerca de 5.000 soldados norte-coreanos terem morrido ou ficado feridos em combate, Pyongyang aproveita a parceria para fortalecer as capacidades militares do país, que busca submarinos nucleares, caças modernos e sistemas de defesa aérea.
Recentemente, a Coreia do Norte apresentou novos armamentos, incluindo uma munição guiada por inteligência artificial e um drone de reconhecimento, possivelmente desenvolvidos com apoio russo.
A guerra, iniciada pela Rússia em fevereiro de 2022, prolongou-se além do esperado por Moscou, que enfrenta a resistência ucraniana, apoiada por aliados ocidentais, e sanções econômicas.
Esse cenário forçou o Kremlin a buscar aliados como a Coreia do Norte, o Irã e a China. Recentemente, dois cidadãos chineses capturados pelas forças da Ucrânia enquanto lutavam nas trincheiras russas.
Rússia e Coreia do Norte negam o envolvimento militar direto de Pyongyang no conflito, mas defendem sua cooperação bilateral com base em um pacto de defesa mútua assinado no ano ado.
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