:root { --editorial-color: #556373; } body { writing-mode: horizontal-tb; font-family: var(--font-family-primary, sans-serif), sans-serif; }
Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Entenda como a Selic impacta uma dívida de R$ 100 e quem recebe os juros que você paga

Atualmente em 13,25% ao ano, a Selic pode sofrer novo aumento em março, e isso impacta seu bolso

Economia|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

Selic pode aumentar na próxima reunião do Copom José Cruz/Agência Brasil/Arquivo

A Selic, a taxa básica de juros, vem subindo desde setembro de 2024 e está atualmente em 13,25%. Esse índice é crucial para a economia, pois influencia diretamente outras taxas, como as de financiamentos, cartões de crédito e investimentos. E, segundo as previsões, um novo aumento pode ocorrer na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), em março.

Mas você sabe o que é a taxa de juros e para onde vai o dinheiro que ela gera? Veja a seguir como a Selic pode encarecer uma dívida de R$ 100.

Veja mais

Para isso, a reportagem contou com a ajuda do doutor em economia e professor da Universidade Mackenzie Hugo Garbe. Assim, foram definidos dois cenários: um onde a Selic estava a 12,25% ao ano, a penúltima alta, e o segundo com a taxa atual.

Entenda como a taxa de juros impacta uma dívida de R$ 100 Luce Costa/Arte R7 Brasília

Para onde vai o dinheiro dos juros?

Garbe explica que os juros pagos pelos consumidores e empresas vão para quem emprestou o dinheiro.


“No caso de empréstimos bancários, o valor vai para os bancos e instituições financeiras. Se o governo pega dinheiro emprestado via títulos públicos, os juros vão para os investidores que compraram esses títulos, como fundos de investimento, bancos e até mesmo pessoas físicas que investem no Tesouro Direto”, afirma.

Qual a relação entre os juros e a inflação?

Segundo o economista, o BC aumenta a Selic para encarecer o crédito. Com isso, financiamentos, empréstimos e compras parceladas ficam mais caros. Assim, as pessoas e as empresas gastam menos, reduzindo a demanda por produtos e serviços.


“Essa menor demanda ajuda a segurar os preços e, assim, a inflação tende a cair. No entanto, essa estratégia tem um custo: pode desacelerar o crescimento econômico e afetar o mercado de trabalho”, explicou.

Os juros vão aumentar na próxima reunião do Copom?

Garbe afirma que, caso um novo aumento aconteça, será um sinal de que o Banco Central ainda vê riscos inflacionários. Porém, segundo ele, a expectativa do mercado é que, se a inflação mostrar sinais de controle nos próximos meses, a Selic volte a cair gradualmente


Evolução da taxa Selic ao longo das reuniões Luce Costa/Arte R7 Brasília

“O problema é que, se os juros permanecerem altos por muito tempo, o impacto negativo na economia pode ser grande, reduzindo o consumo e os investimentos produtivos”, afirma.

O cenário ainda é incerto, segundo ele, e a decisão do Banco Central vai depender dos próximos dados de inflação, do câmbio e das expectativas do mercado. “O desafio é equilibrar o combate à inflação sem comprometer demais o crescimento econômico”, explicou.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.