Em mais um dia de ‘guerra’ entre EUA e China, dólar bate R$ 5,99 e Ibovespa cai
Após retaliação do país asiático, EUA confirmaram nesta terça-feira tarifas de 104% sobre produtos chineses
Economia|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

Após os Estados Unidos confirmarem a cobrança de tarifas de 104% sobre produtos chineses, o dólar comercial voltou a se aproximar de R$ 6 e fechou esta terça-feira (8) a R$ 5,997, uma variação de 1,46%. Além do câmbio, o índice Ibovespa, principal indicador da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou o pregão com variação negativa de 1,32%, a 123.931,89 pontos. Com as medidas protecionistas do líder americano, outros mercados globais também registram prejuízos.
Nos Estados Unidos, o anúncio da taxa de 104% sobre a China trouxe novas perdas ao mercado norte-americano. Segundo a imprensa internacional, são quatro dias consecutivos de queda. Em contrapartida, até as 17h49 (horário de Brasília) as bolsas europeias conseguiram se recuperar e fecharam em leve alta.
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O anúncio de uma tarifa extra à China, de 50%, ocorre em resposta à retaliação do país asiático aos impostos anunciados por Trump na semana ada. Em protesto ao tarifaço de Trump, a China decidiu impor uma taxa de 34% aos produtos dos EUA.
Em 2 de abril, Trump anunciou um novo pacote de tarifas comerciais sobre diversas nações, incluindo o Brasil. Em alguns casos, a medida entrou em vigor no sábado (5), estipulando uma linha de base de 10% nas taxas, que vai atingir países como Brasil, Costa Rica e Turquia. Entretanto, nações como China, Vietnã, Suíça e África do Sul foram penalizados com tarifas maiores.
Em meio aos rumores de uma possível pausa nas tarifas comerciais, na segunda-feira (7) as bolsas ao redor do mundo, incluindo a do Brasil, registraram um salto temporário. O índice Ibovespa, por exemplo, marcou 125.161,36 pontos às 11h07 e saltou para 128.100,16.
Contudo, após a Casa Branca negar que o líder norte-americano vai recuar com as taxas, as ações voltaram a registrar perdas.
As tarifas comerciais anunciadas por Trump aumentaram o cenário de incerteza global, gerando maior tensão entre as principais potenciais mundiais. A ampliação das tarifas e a onda de demissões nos EUA aumentam a preocupação do mercado com uma possível recessão.
Especialistas entendem que, caso as políticas de Trump falhem, os EUA podem sofrer uma desaceleração do crescimento econômico e pressionar a inflação das demais nações, o que poderia causar um desequilíbrio na economia global.
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