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Brasileiros estão se casando mais tarde, principalmente os homens, segundo IBGE

Número de uniões registradas em 2023 é menor que o de 2022 e segue abaixo do período pré-pandemia

Cidades|Do R7 e Do R7, em Brasília

Conforme o IBGE, brasileiros estão esperando mais para se casar Joel Rodrigues/Agência Brasília - 15.03.2025

O número de casamentos civis no Brasil caiu novamente em 2023, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foram 940.799 registros, uma redução de 3,0% em relação a 2022 (menos 29.242 casamentos).

O total também permanece abaixo da média anual do período pré-pandemia (2015 a 2019), que era de cerca de 1,07 milhão de casamentos por ano.

A queda, segundo o IBGE, reflete a persistência dos efeitos da pandemia de Covid-19, que interrompeu cerimônias e gerou insegurança econômica e social, influenciando decisões de vida conjugal.

Além da queda no número absoluto de registros, os dados mostram que os brasileiros estão se casando mais tarde.


Entre 2003 e 2023, a participação de homens com 40 anos ou mais nos casamentos saltou de 13,0% para 31,3%. Entre as mulheres, o percentual ou de 8,2% para 25,1%. Isso reforça a ideia de que os brasileiros estão formalizando uniões em fases mais avançadas da vida.

A diferença etária entre os gêneros permanece estável, mas o adiamento do casamento se intensifica em todas as regiões.


Essa tendência acompanha mudanças sociais e econômicas, como o prolongamento da juventude, maior o à educação superior e o aumento da participação feminina no mercado de trabalho.

Divorciados e viúvos

Outro destaque do levantamento é a queda na proporção de casamentos entre solteiros e o aumento da participação de divorciados e viúvos. Em 2003, 86,9% dos casamentos envolviam dois cônjuges solteiros.


Em 2023, essa taxa caiu para 68,7%. Paralelamente, a proporção de casamentos onde pelo menos um dos cônjuges já havia sido casado subiu de 12,9% para 31,1%.

A idade média dessas pessoas ao se casar novamente também é maior: 41,3 anos para as mulheres e 45,2 anos para os homens.

Região Centro-Oeste na contramão

A queda no número de casamentos foi registrada em quase todas as regiões do país, com exceção do Centro-Oeste, que apresentou um leve aumento de 0,8% entre 2022 e 2023. O Sudeste teve a maior queda percentual (-5,0%), seguido pelo Norte (-4,0%).

Na análise da taxa de nupcialidade legal — número de casamentos por mil habitantes com 15 anos ou mais —, a Região Centro-Oeste também lidera, com 6,5 casamentos por mil habitantes, acima da média nacional de 5,6.

Entre os estados, Rondônia (9,1), Acre (8,5) e o Distrito Federal (7,9) apresentaram as maiores taxas, enquanto o Piauí (3,7) teve a menor.

Embora o ano tenha registrado uma queda geral, os últimos três meses de 2023 mostraram leve recuperação: outubro, novembro e dezembro apresentaram mais registros de casamento do que nos mesmos meses de 2022.

A alta pode estar associada à preferência por cerimônias em meses tradicionalmente mais procurados ou à retomada de celebrações adiadas por questões sanitárias ou financeiras.

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