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R7 Brasília

Secretaria de Saúde pretende criar mais 80 vagas para residências terapêuticas no DF

Projeto piloto começou com 20 vagas, mas pasta pretende ampliar número para 100 acolhidos este ano

Brasília|Do R7, em Brasília

Atualmente, há 20 pessoas em atendimentos nas residências terapêuticas Agência Brasília/Reprodução -

A Secretaria de Saúde pretende aumentar em cinco vezes o número de vagas para residências terapêuticas no Distrito Federal. O projeto piloto começou oferecendo 20 vagas em duas residências terapêuticas criadas pelo governo para acolher os pacientes que antes ficavam internados nos hospitais. Agora, a expectativa é ampliar para 100 o número de vagas disponíveis e reforçar a rede de saúde mental.

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No local, os acolhidos realizam atividades físicas, cuidam do jardim de casa, arrumam as próprias roupas e têm o à televisão. Quando necessário, eles são levados para atendimento em alguma unidade de saúde do DF.

“O principal resultado alcançado é o ganho de qualidade de vida desses pacientes. O modelo se mostrou válido e será ampliado”, afirmou a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. As duas primeiras residências foram ativadas em julho, uma masculina e outra feminina, cada uma com dez vagas.

Nos locais, que não são identificados para assegurar a privacidade dos residentes, foram acolhidas pessoas que estavam há mais de dois anos internadas no Hospital São Vicente de Paulo, Hospital de Base, Hospital Universitário de Brasília e no Instituto de Saúde Mental. Todos têm transtornos mentais graves e persistentes, mais de 18 anos e não contam com moradia nem com e familiar, financeiro ou social, necessários para a reinserção social.


O Serviço Residencial Terapêutico é uma alternativa de moradia para esse público. Fisicamente, é como uma casa tradicional: as unidades em funcionamento têm três quartos, três banheiros, sala, cozinha, jardim, quintal e até uma churrasqueira. O propósito é estimular uma rotina o mais próxima possível da tradicional, com autonomia e reintegração.

Cada morador mantém seu atendimento regular em um Caps (Centro de Atenção Psicossocial) e em uma UBS (Unidade Básica de Saúde), além de poder contar com as demais unidades da Secretaria de Saúde. Há ainda uma equipe de apoio — composta por enfermeiro, técnico de enfermagem, cuidador, cozinheiro e profissional de serviços gerais —, disponível 24 horas. Nas casas já ativadas, são oito funcionários para acompanhar os dez moradores.


Expansão

De acordo com a diretora de Serviços de Saúde Mental da Secretaria, Fernanda Falcomer, a pasta prepara um novo edital para credenciar organizações sociais interessadas em realizar o serviço. “A expectativa é contratar, pelo menos, as 80 vagas inicialmente previstas. Vamos aprimorar o modelo para assegurar o atendimento aos pacientes que se encaixam nos pré-requisitos”, explica.

A adoção do modelo está alinhada às atuais legislações sobre saúde mental e direitos humanos no Brasil, com foco em promover a alta médica e a oferta de acompanhamento especializado para a reabilitação psicossocial.


“As residências terapêuticas são uma das principais estratégias que a rede psicossocial tem para promover a desinstitucionalização. Ao mesmo tempo, o projeto terapêutico de cada morador contempla todas as áreas da vida, mantendo o tratamento e estimulando o protagonismo e as potencialidades de cada um”, disse Falcomer.

Janeiro Branco

A campanha Janeiro Branco, voltada para a conscientização sobre transtornos e doenças mentais, ganhou destaque no DF com os planos de expansão da rede da Secretaria de Saúde. Até o fim de 2026, a pasta vai expandir o número de Caps de 18 para 23 unidades.

“O tema saúde mental é prioritário para a gestão. Temos investido em infraestrutura e reforçado os efetivos de diversas carreiras estratégicas. A expectativa é ofertar um tratamento de alto nível desde as UBSs até a atenção especializada”, defendeu Lucilene Florêncio.

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