Partidos com ministério no governo criticam alternativas de Haddad para rever IOF
PP e União Brasil defendem revisão de gastos e se colocaram contra aumento de impostos
Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília

O Partido Progressistas e o União Brasil se posicionaram contra aumento de impostos indicados pela Fazenda para rever o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). As legendas, juntas, comandam quatro ministérios no governo Lula.
Em coletiva a jornalistas nesta quarta-feira (11), os presidentes dos dois partidos criticaram pontos apresentados pela equipe econômica que possam levar ao aumento de impostos sem outros cortes de gastos.
Uma posição contra o conteúdo a ser enviado pelo Planalto ao Congresso ainda será discutido em uma reunião de bancadas. A expectativa é que os partidos se reúnam para definir qual será a posição quando a MP (Medida Provisória) já estiver no Congresso.
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“Taxar nunca será a saída, mas deve se cortar despesas”, declarou Antonio Rueda, que preside o União Brasil e comanda a federação proposta pelos dois partidos. A formalização do grupo ainda está em fase de elaboração, mas é dada como certa.
“Esse ciclo de taxação sem fim só aumenta e o Brasil real só perde. Ninguém ganha com governo pesado”, completou Rueda. Conforme apurou o R7, outras lideranças do partido preveem que a posição final das duas legendas será contra qualquer aumento de impostos, mas em defesa de corte de gastos, mesmo que isso alcance emendas parlamentares.
Entre os pontos indicados pela Fazenda estão com destaque à taxação em 5% de Imposto de Renda sobre o LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio).
Atualmente, as duas opções de investimento são isentas. Essa alteração foi apontada como de risco para redução de investimentos, conforme indicaram os partidos.
Peso dos partidos
O União e o PP têm, juntos, quatro cadeiras na Esplanada. O Progressistas conta com André Fufuca no Ministério dos Esportes, enquanto o União têm três: Turismo (Celso Sabino), Integração e Desenvolvimento Regional (Waldez Góes) e Ministério das Comunicações (Frederico De Siqueira Filho).
Os dois partidos também anunciaram uma federação que, ao ser confirmada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), dará ao grupo a maior bancada da Câmara. O União conta atualmente com 60 deputados, enquanto o PP tem 49.
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