Parlamentares do PL e familiares de presos do 8/1 avaliam greve de fome para pressionar Motta
Presidente da Câmara tem novo encontro agendado com líder do PL na próxima semana
Brasília|Rute Moraes, do R7, em Brasília

Após o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) fazer nove dias de greve de fome para tentar parar o processo que pode cassar seu mandato, parlamentares do PL avaliam iniciar um jejum com familiares dos presos do 8 de janeiro para pressionar a votação do projeto que anistia os atos extremistas.
A informação foi dita pelo líder do partido na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), após encontro com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), na noite desta quinta-feira (24).
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“Nós temos muita gente querendo, por conta da solução do deputado Glauber Braga da greve de fome, familiares, deputados, inclusive senadores, me procuraram hoje propondo a mesma coisa. Eu espero que não seja necessário”, declarou Cavalcante.
Na segunda-feira (28), ele tem um novo encontro agendado com Motta para tratar novamente sobre o assunto. A ideia é tentar chegar a um consenso sobre um novo relatório. Mais cedo, Motta anunciou que adiaria a apreciação da urgência e do mérito do texto até que haja consenso. A oposição então anunciou a retomada da obstrução da pauta das comissões e do plenário.
Caso o encontro com Motta na segunda não traga boas notícias ao partido, a greve de fome seria uma segunda opção na escalada em prol da apreciação da matéria.
“Não nos furtaremos a tomar nenhum tipo de decisão política seja ela qual for necessária. Queremos o equilíbrio necessário. Hoje, fui procurado por senadores que estão dispostos a se somarem com deputados porque familiares estão pressionando esses senadores para que a gente faça uma greve de fome se for necessária”, continuou o líder.
Alguns dos senadores, segundo o deputado, são Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES). Conforme o líder, os parlamentares e familiares estão esperando apenas um “comando de liderança”.
A possibilidade de um acordo entorno de um projeto mais “brando” também foi levada por Sóstenes a Motta. O líder do PL diz já ter um “esboço” diferente do relatório elaborado pelo deputado Rodrigo Valadares (União-SE). A ideia é contemplar apenas os presos e condenados que estiveram pessoalmente nos atos do 8 de janeiro.
Já o parecer de Valadares não cria um lapso temporal exclusivo para 8 de janeiro, mas inclui “atos correlatos” que aconteceram antes ou depois das ações extremistas. Agora, porém, Sóstenes alega que trabalha em um “esboço” para tratar apenas o 8 de janeiro.
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