No Dia dos Povos Indígenas veja exposição virtual que valoriza cultura indígena do Centro-Oeste
Mostra conta a história do povo Bororo, presente há mais de cinco mil anos na região central do país; veja como ar
Brasília|Do R7, em Brasília

Neste sábado (19) é celebrado o Dia dos Povos Indígenas, data criada para reconhecer a diversidade e a resistência dos povos originários na formação do Brasil. Para comemorar, a exposição virtual “Bororo Vive” permite o o gratuito a informações e fotografias sobre um dos povos mais antigos do Cerrado. Lançado em 2017, a mostra tem conteúdo ível e bilíngue (veja como ar abaixo).
O projeto foi desenvolvido pelo Museu Virtual de Ciência e Tecnologia da Universidade de Brasília, com financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal, pelo Programa de Difusão Científica, e tem como foco a popularização da ciência e a educação intercultural.
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Voltada especialmente para alunos da educação básica, a mostra apresenta os rituais, a história e a organização social dos bororo, que vivem há mais de cinco mil anos no Centro-Oeste do país e atualmente se concentra em uma reserva no estado de Minas Gerais.
A proposta surge da necessidade de incluir a presença indígena no Cerrado nos materiais didáticos e promover o respeito às culturas originárias.
“Nosso objetivo foi criar um espaço de aprendizagem visual, onde os alunos pudessem conhecer mais sobre um povo com forte presença histórica, mas pouca visibilidade nos currículos escolares”, explica o professor Gilberto Lacerda, coordenador do projeto.
O conteúdo está disponível em Libras e em quatro idiomas estrangeiros (inglês, francês, espanhol e alemão). A construção da narrativa visual teve como base um acervo fotográfico inédito sobre o ritual funerário bororo, registrado pelo fotógrafo Kim-Ir-Sen Pires Leal, na década de 1980. O material foi organizado com o apoio do próprio autor das imagens e validado junto à comunidade Bororo, que teve o ao conteúdo e ao acervo
Um dos destaques da exposição é o funeral bororo, considerado por antropólogos como um dos rituais indígenas mais importantes do Brasil. Mais do que uma cerimônia de despedida, o funeral é um processo complexo que envolve cantos, danças e práticas simbólicas que equilibram a comunidade e reafirmam sua identidade coletiva.
“A preservação desses rituais é fundamental para a resistência cultural dos bororo. Nosso papel, enquanto instituição de ensino e pesquisa, é contribuir para que esses saberes sejam respeitados e valorizados”, afirma o professor Gilberto Lacerda.
Como ar
A exposição Bororo Vive está disponível de forma permanente no portal do Museu Virtual da UnB. Educadores, estudantes e o público em geral podem á-la gratuitamente (e aqui).
*Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal e Agência Brasília
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