‘Não vai acontecer’, diz Ibaneis sobre reunião com Câmara Legislativa do DF sobre greve
Paralisação da categoria começou nesta segunda-feira e afeta mais de 450 mil estudantes da rede pública
Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília

O governador Ibaneis Rocha (MDB) disse que a reunião solicitada pela Mesa Diretora da CLDF (Câmara Legislativa do DF) para discutir sobre as demandas dos professores que estão em greve “não vai acontecer”. Os deputados distritais protocolaram nesta terça-feira (3) um pedido de encontro com o governador, assinado por todos os sete membros da Mesa.
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A paralisação começou na segunda-feira (2), mesmo com uma decisão judicial que classificou o movimento como ilegal e determinou a retomada das aulas sob risco de multa diária de R$ 1 milhão em caso de descumprimento.
Em outra ocasião, Ibaneis se manifestou contrário à greve, dizendo que a paralisação é um movimento político, motivado pela eleição da nova diretoria do sindicato dos professores. Ele pontuou que ainda paga a última parcela do acordo anterior com os professores e demonstrou preocupação com os impactos nas famílias.
“Entendemos ser nosso papel tentar compreender a situação do Poder Executivo e conhecer sua posição em face do movimento paredista, a fim de que possamos juntos estudar meios para estabelecer um diálogo franco, sincero e realista, com o objetivo de encontrar soluções possíveis e sustentáveis para o ime”, afirma o documento protocolado nesta terça.
O 1º vice-presidente da Casa, deputado distrital Ricardo Vale (PT), espera que a reunião retome o diálogo entre o GDF (Governo do DF) e a categoria. “Não podemos deixar que as coisas fiquem como estão. Greve, ninguém quer. Os professores não querem, a comunidade escolar não quer, os pais, os alunos. Greve é muito prejudicial, principalmente para nossos alunos”, declarou durante a sessão plenária. “É possível e é preciso que o GDF reabra o diálogo”, concluiu o distrital.
Entenda
Além da reestruturação da carreira, os professores reivindicam a nomeação de todos os aprovados no último concurso e a regularização do envio da relação de contribuições previdenciárias dos professores contratados temporariamente ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Segundo o sindicato, atualmente o teto salarial no DF é de aproximadamente R$ 5.700.
Já a Secretaria de Educação afirmou que o Sinpro deve assumir todas “as responsabilidades legais decorrentes do descumprimento da ordem judicial”.
A pasta reforçou que a paralisação causa prejuízos significativos à educação pública, afetando mais de 450 mil estudantes da rede e comprometendo o calendário letivo. Além disso, destacou que a greve poderá impactar diretamente os próprios professores, que terão de repor os dias parados — o que poderá afetar o recesso de julho e a organização pessoal e profissional de toda a categoria.
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