Morre Geraldo Quintão, ex-AGU e ex-ministro da Defesa, aos 89 anos

Morreu nessa sexta-feira (27) o ex-advogado-geral da União e ex-ministro da Defesa Geraldo Quintão. Ele tinha 89 anos e a causa da morte não foi informada.

Em nota assinada pelo ministro Jorge Messias, a AGU (Advocacia-Geral da União) disse que Quintão deixou “um legado de inestimável valor, pautado na competência, ética e no comprometimento com o bem público”.

Além disso, ressaltou que atuação dele à frente do órgão entre 1993 e 2000 “foi fundamental para a afirmação da AGU como uma instituição essencial na defesa do Estado e da sociedade brasileira, sempre guiado por princípios de justiça e responsabilidade”.

No Ministério da Defesa, Quintão comandou a pasta entre 2000 e 2002. Segundo a AGU, lá, o ex-ministro “deixou um legado de diálogo, equilíbrio e defesa dos valores democráticos, na busca do bem comum e da estabilidade institucional”.

Quintão nasceu em Taquaraçu de Minas (MG) e se formou em direito pela USP (Universidade de São Paulo).

Autoridades lamentam

Pelas redes sociais, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes lamentou a morte do colega. “Tive a honra de trabalhar ao seu lado, quando era Secretário de Assuntos Jurídicos no governo FHC, e depois sucedê-lo como advogado-geral da União”, relembrou.

O ministro Dias Toffoli também emitiu nota de pesar. Segundo ele, Geraldo Quintão foi um “grande jurista” que deixou um importante legado.

“O grande jurista e homem público Geraldo Quintão deixou um importante legado na sua gestão à frente da Advocacia Geral da União e do Ministério da Defesa. A escolha de Geraldo Quintão para criar e estruturar a AGU foi fundamental aos avanços implementados pelos Advogados Gerais que, como eu, o sucederam na AGU. Sua trajetória merece ser lembrada pela competência e firmeza na defesa do Estado brasileiro e da sociedade, com foco nos valores democráticos e na Justiça. Aos seus familiares, meus sinceros sentimentos”, disse.