Lewandowski: Governo age contra facções na política, mas partidos devem filtrar candidatos
Segundo o ministro, todas as autoridades de segurança pública estão atentas e agem de forma coordenada
Brasília|Beatriz Oliveira*, do R7, em Brasília

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta segunda-feira (19) que o governo federal atua contra a infiltração de facções criminosas na política, especialmente nas eleições. Segundo ele, todas as autoridades de segurança pública estão atentas e agem de forma coordenada para investigar as ocorrências.
“Nas últimas eleições municipais, nós identificamos esse fenômeno: algumas facções criminosas tentando lançar candidatos a vereador e até prefeito. Além de fazer todo o trabalho de triagem e investigação por meio da Polícia Federal, fizemos um trabalho bastante coordenado com a Justiça Eleitoral, sobretudo com o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] e com os TREs [Tribunais Regionais Eleitorais]”, disse.
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Lewandowski afirmou também que conversou com líderes dos partidos políticos para reforçar que é obrigação deles fazer a triagem dos candidatos antes de lançá-los para um cargo público e barrar ações suspeitas.
“Partido político tem que saber se está lançando alguém ligado a uma facção criminosa ou alguém que pertence à sociedade e seja um cidadão ou cidadã de bem”, pontuou o ministro.
Prisão de membro ligado ao PCC
Durante a coletiva, o ministro comentou também a infiltração de criminosos na política, após falar sobre a prisão de Marcos Roberto de Almeida, apontado como operador do PCC (Primeiro Comando da Capital). Lewandowski considerou a condenação como uma “vitória contra o crime organizado”.
Tuta, como era conhecido, foi condenado a 12 anos de prisão pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Ele estava foragido da Justiça brasileira desde 2020 e seu nome estava na Lista Vermelha da Interpol.
Ele foi detido em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, pela Força Especial de Luta Contra o Crime Organizado.
O criminoso foi transferido para o Brasil e agora está alojado na Penitenciária Federal de Brasília.
*Sob supervisão de Leonardo Meireles
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