Itamaraty critica lentidão do Conselho da ONU em aprovar resolução sobre guerra em Gaza
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores informou que a resposta era urgente desde o primeiro dia, há mais de 5 semanas
Brasília|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) criticou nesta quinta-feira (16) a lentidão da reação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) na crise humanitária na Faixa de Gaza e em Israel. Em nota, a pasta afirma que a resposta do órgão era urgente desde o primeiro dia, há mais de cinco semanas, não só para evitar mais violência contra civis e a destruição generalizada, mas também para “restaurar parte da credibilidade do Conselho”.
A resolução adotada nesta quarta-feira (15) exige o cumprimento da lei internacional, especificamente sobre a proteção de civis, especialmente crianças. O documento também pede a todas as partes que não privem os civis de Gaza dos serviços básicos e da ajuda humanitária necessária para sua sobrevivência e dá as boas-vindas às entregas iniciais e limitadas de ajuda, mas pede que elas sejam ampliadas.
Os Estados Unidos, a Rússia e o Reino Unido, que têm poder de veto no conselho, se abstiveram na votação desta quarta-feira sobre a resolução elaborada por Malta. Os 12 membros restantes, incluindo o Brasil, votaram a favor. O documento superou um ime, com quatro tentativas sem sucesso de agir no mês ado, para adotar uma resolução que também pede a libertação imediata e incondicional de todos os reféns mantidos pelo grupo terrorista Hamas.
• Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp
• Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp
• Compartilhe esta notícia pelo Telegram
• Assine a newsletter R7 em Ponto
O Itamaraty lembrou que, antes do texto, outras resoluções “mais abrangentes e oportunas foram propostas”, incluindo uma apresentada pelo Brasil. Segundo a pasta, vetos sucessivos, ameaças de veto ou “a falta de um processo real de negociação as impediram”.
As FDI (Forças de Defesa de Israel) localizaram um "túnel do terror" usado por extremistas do Hamas escondido em uma mesquita na Faixa de Gaza
As FDI (Forças de Defesa de Israel) localizaram um "túnel do terror" usado por extremistas do Hamas escondido em uma mesquita na Faixa de Gaza
“Como o conselho falhou repetidamente, a Assembleia-Geral agiu em 27 de outubro. Sua resolução solicitou a proteção de civis e o respeito ao direito internacional humanitário em Gaza, bem como uma trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada que levasse a uma cessação das hostilidades”, afirma o ministério.
Leia também
A Assembleia-Geral da ONU, composta de 193 membros, adotou, com 121 votos a favor, uma resolução redigida por Estados árabes que pedia uma trégua humanitária imediata e exigia o de ajuda à Faixa de Gaza e proteção aos civis.