GDF cria programa Vida no Trânsito para reduzir número de mortes nas vias da capital
Comitê vai elaborar plano de prevenção e melhorar banco de dados; emergências do SUS recebem 22 vítimas do trânsito por hora no país
Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

O Governo do Distrito Federal criou o Programa Vida no Trânsito para diminuir o número de acidentes e vítimas graves e fatais na capital do país. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial nesta quarta-feira (12) e prevê, além do Programa, a instituição de um Comitê Intersetorial que deve elaborar e monitorar ações que possam auxiliar na redução de mortes.
Entre as estratégias, estão previstas, por exemplo, melhoria nos bancos de dados para elaboração de políticas mais diretas e construção de um plano de prevenção. Em reportagem especial no fim de dezembro, o R7 mostrou que entre 2019 a 2023, o DF recebeu pelo menos 15 mil vítimas de trânsito nas emergências do SUS.
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O grupo será composto por integrantes das secretarias de Saúde, Segurança Pública, Obras, Transporte, pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal, Departamento de Trânsito do Distrito Federal, Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e Novacap. Órgãos da sociedade civil também poderão integrar as discussões.
Dados levantados pela reportagem revelam que em todo o Brasil, as emergências do SUS recebem por hora 22 vítimas de trânsito. De 2019 a 2023, foram 792.203 atendimentos nas emergências, resultando em um gasto de R$ 1,2 bilhão e o total de 438 mil diárias de UTI (Unidades de Terapia Intensiva).
Considerando o ano de 2019, a demanda por UTIs no país cresceu 22,35% até o ano ado. Nesse cenário, o Ministério da Saúde reconhece as lesões de trânsito como “um grave problema de saúde pública global, gerando elevada demanda por atendimentos e internações, especialmente em UTIs”.
“As ações do setor de saúde devem ser complementadas pela atuação de órgãos de trânsito, educação, planejamento urbano, entre outros. Para reduzir os impactos à vida e ao SUS. O Ministério da Saúde apoia ações intersetoriais entre governo e sociedade civil que priorizem a segurança viária, o transporte e trânsito seguros, a sinalização e a proteção das rodovias”, informou.
A pasta também pontuou que as iniciativas “envolvem a gestão eficiente de recursos, campanhas de conscientização, fortalecimento das UPAs 24 horas e dos hospitais de pequeno porte, além da inovação na gestão com tecnologias”.