Galípolo diz que guerra comercial entre EUA e China pode impactar Economia de forma ‘abrupta’
Presidente do Banco Central avalia que disputa provoca incertezas e interfere em investimentos
Brasília|Lis Cappi e Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta terça-feira (22) que a guerra comercial travada entre os Estados Unidos e a China pode impactar a Economia mundial de forma “abrupta”.
O comentário foi feito a senadores na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), com a justificativa de que o cenário internacional tem sido um espaço de incertezas. “O fato de a gente ter muita dúvida sobre o que vai acontecer”, explica.
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“O que estamos vendo agora é um movimento que pode caminhar para um cenário de aversão ao risco. Se essa guerra tarifária escalar, podemos ter uma desaceleração mais abrupta e mais forte da economia global”, afirma. “Em um cenário como esse, é comum que investidores procurem se proteger com ativos mais líquidos e ativos que ofereçam menos risco. O que costuma ser desafiador”, completa, em outro momento.
O presidente do Banco Central também destacou que a situação é indicada desde a eleição do presidente Donald Trump, nos Estados Unidos, e tem sido avaliada pelo Copom (Comitê de Política Monetária).
“Aquilo que a gente fala em janeiro vai ganhando força e vai tendo esse entendimento como uma posibilidade de que as tarifas possam desacelerar a economia e, para além das tarifas, a própria incerteza”, aponta.
Galípolo ainda apontou possibilidades ao longo do ano, com possível mudança das previsões com acordos internacionais. Em caso de aumento da disputa, o presidente do Banco Central atribuiu a possibilidade de impactos com maior duração.
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