‘Extrema felicidade’, diz Ibaneis sobre pedido da PGR de arquivamento de inquérito
Segundo a Procuradoria-Geral, não há indícios que apresentem justa causa para dar prosseguimento à ação penal
Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília
O governador Ibaneis Rocha (MDB) disse ser “um momento de extrema felicidade” ao comentar o pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) de arquivar o inquérito por suposta omissão dele em 8 de Janeiro. Segundo a PGR, não há indícios que apresentem justa causa para dar prosseguimento à ação penal.
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“Estou muito feliz com essa notícia! Sempre acreditei na justiça. Sou brasiliense, advogado e o primeiro governador nascido em Brasília. Tenho certeza de que sempre cuidei e sempre cuidarei da minha cidade, que tanto amo. Defenderei sempre a democracia”, disse Ibaneis em uma publicação em rede social, que depois foi apagada.
Depois dos atos extremistas, que teve episódios de vandalismo, Ibaneis ficou afastado do cargo por dois meses e meio. Segundo a PF, desde o dia anterior aos atos, Ibaneis manteve contato com autoridades do governo federal, do Congresso Nacional, do STF e de órgãos de segurança do DF para tentar impedir os atos de violência na capital federal.
Em depoimento, Ibaneis afirmou que, ao acompanhar pela TV o início de um tumulto nas proximidades do Congresso Nacional, determinou ao secretário de Segurança em exercício a execução de atos de repressão e segurança, inclusive com a prisão de manifestantes.
O governador relatou que, após a violação dos bloqueios, recebeu mensagens de que a situação havia saído do controle, tendo sido solicitado apoio do Exército e de outras forças de segurança.
Denúncia contra cúpula da PMDF
No início de fevereiro, a PGR pediu a condenação da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal por omissão nos atos de 8 de janeiro.
Foram citados os ex-comandantes Fábio Augusto Vieira, Klepter Rosa e Jorge Eduardo Naime, além de outros quatro militares da corporação — Paulo José Bezerra, Marcelo Casimiro, Flávio Silvestre e Rafael Pereira Martins.
Todos acabaram acusados pelos crimes de tentativa de abolição do estado democrático, golpe de estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima, deterioração de patrimônio tombado e por violação dos deveres a eles impostos pelos cargos.