Entenda caso que levou ex-ministro do Turismo à prisão e motivou buscas contra Cid
Inicialmente, havia um mandado de prisão contra o tenente-coronel, mas o pedido foi revogado
Brasília|Rafaela Soares, Gabriela Coelho e Giovanna Inoue, do R7, em Brasília

O ex-ministro do Turismo no governo Bolsonaro, Gilson Machado, foi preso pela PF (Polícia Federal) em Recife (PE) nesta sexta-feira (13) pela suposta tentativa de obter um aporte português para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (entenda o caso abaixo).
Além da prisão de Machado, Cid também foi alvo de mandado de busca e apreensão. Inicialmente, havia um mandado de prisão contra ele, mas o pedido foi revogado posteriormente.
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Na segunda-feira (9), a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a abertura de um inquérito para investigar Gilson Machado. Segundo o documento, as investigações indicam que a emissão do aporte teria como objetivo “viabilizar evasão do país [...] com o intuito de se furtar à aplicação da lei penal, diante da proximidade do encerramento da instrução processual”.
A PGR também apontou que, embora o ex-ministro não tenha conseguido efetivar a emissão do aporte, há possibilidade de que ele tente o mesmo em outras embaixadas ou consulados.
Gilson Machado chegou a ser nomeado por Bolsonaro como testemunha de defesa na ação que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado, mas foi dispensado de depor pela própria defesa.
Interrogatório de Mauro Cid
Na segunda-feira (9), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, foi o primeiro a ser interrogado no Supremo Tribunal Federal (STF) entre os réus do chamado “núcleo 1” — grupo investigado por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Durante a sessão, Cid confirmou que Bolsonaro recebeu, leu e fez alterações na chamada “minuta do golpe”, documento que previa a realização de um novo pleito eleitoral, anulando o resultado das eleições de 2022.
Segundo Cid, o ex-presidente teria “enxugado” o texto original, removendo trechos que mencionavam a prisão de autoridades do Judiciário e do Legislativo.
“O presidente Jair Bolsonaro recebeu e leu esse documento. E fez algumas alterações. De certa forma, enxugou o conteúdo, retirando as autoridades das prisões”, afirmou Cid.
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