Depois do trabalho, pensões e aposentadorias são as maiores fontes de renda dos brasileiros
Na sequência, segundo dados da Pnad Contínua, do IBGE, aparecem rendimentos por programas sociais do governo, com 9,2%
Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

Aposentadorias e pensões eram a segunda maior fonte de renda dos brasileiros em 2024, ficando atrás apenas dos rendimentos de trabalho, apontam dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O grupo representava 13,5% da população residente no país, o que equivale a 29,2 milhões de pessoas.
É estimado que ao menos 23,5 milhões de pessoas recebam aposentadorias, por exemplo, pagas pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Dos quase 41 milhões de benefícios pagos pelo Instituto, as aposentadorias representam mais da metade.
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Na sequência, aparecem rendimentos por programas sociais do governo, com 9,2% (20,1 milhões de pessoas). O Bolsa Família, por exemplo, em abril deste ano, teve um benefício médio de R$ 668,73. Foram contemplados 53,8 milhões de pessoa em todos os municípios do país. Entre elas, estão 16,23 milhões de crianças de até 11 anos e outros 7,65 milhões de adolescentes entre 12 e 17 anos.
Ainda de acordo com a pesquisa, o Brasil registrou outras fontes de rendas da população, porém, em proporções menores. Entre elas, a pensão alimentícia, doação e mesada de não morador (2,2%), aluguel e arrendamento (1,8%) e outros rendimentos (1,6%).

Programas sociais
Entre 2023 e 2024, o instituto apontou que houve um aumento de 8,6% para 9,2% na quantidade de brasileiros que têm rendas a partir de programas sociais do governo, mantendo-se ao nível superior ao observado no período pré-pandemia.
Segundo o IBGE, o maior percentual de pessoas que recebiam rendimentos de programas sociais ocorreu em 2020 (13%), quando criaram o Auxílio Emergencial para minimizar os efeitos socioeconômicos da pandemia da Covid-19, enquanto, em 2019, eram 6,3%.
Para as demais categorias de rendimentos de outras fontes, foi percebido que o percentual da população que recebia tais rendimentos manteve-se praticamente estável, comparando-se aos resultados de 2023.
As regiões Norte e Nordeste acumulam o maior percentual de pessoas que recebiam rendimentos de programas sociais do governo, com 13,5% e 15,7%, respectivamente. Já a região Sul, teve o menor percentual, de 4,6%.
Brasileiros com renda
A renda média mensal dos brasileiros ficou em R$ 3.057 em 2024, o maior número da série histórica, iniciada em 2012, apontam dados da Pnad. O valor, que supera o recorde registrado em 2014 (R$ 2.974), foi alcançada, segundo o instituto, devido às variações positivas dos últimos três anos.
Até o período pré-pandêmico, relacionado aos anos entre 2012 e 2019, o rendimento médio real de todas as fontes teve um crescimento acumulado de 4,3% no período, ando de R$ 2.837 para R$ 2.958. Entretanto, houve redução com a pandemia da Covid-19, em que todas as fontes de renda dos brasileiros tiveram uma queda de 3,4% em 2020, e em 5,1% em 2021.
“Em 2022, apresentou aumento de 2%, alcançando R$ 2.764, permanecendo, no entanto, abaixo do valor estimado em 2012, ano inicial da série. Em 2023, o rendimento de todas as fontes alcançou um crescimento expressivo de 7,5% em relação ao ano anterior”, apontou a pesquisa.
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