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R7 Brasília

Demitido por Lula após o 8/1, ex-comandante do Exército depõe no STF a favor de Bolsonaro e Cid

Júlio Cesar de Arruda teria irritado governo ao se opor à prisão de manifestantes acampados em frente ao QG do Exército antes do 8/1

Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

Militar foi demitido por Lula em 2023 en. Ferrentini/ Comando Militar do Leste

O general Júlio Cesar de Arruda, que foi comandante do Exército Brasileiro no início da atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vai depor ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quinta-feira (22) como testemunha de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do tenente-coronel Mauro Cid na ação que julga o chamado “núcleo 1“ de réus por tentativa de golpe de Estado.

Após ser nomeado para o comando do Exército por Bolsonaro em dezembro de 2022, Júlio Cesar Arruda foi demitido por Lula dias após os episódios de vandalismo de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. Ele ficou 23 dias no cargo.

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Antes de deixar a chefia da instituição, o general teria entrado em conflito com outros integrantes do governo Lula por se recusar a prender manifestantes que estavam acampados em frente ao quartel-general do Exército e participaram dos atos de violência na capital.

Ele também causou indisposição ao se colocar contra um pedido do governo para impedir a nomeação de Mauro Cid a um batalhão de operações especiais do Exército.


Ao R7, a defesa de Mauro Cid afirmou que Júlio Cesar serviu ao lado do militar e que o general conhece a postura do tenente-coronel.

Além de Arruda, o STF vai ouvir nesta quinta outras sete testemunhas de defesa de Mauro Cid:


  • Flávio Alvarenga Filho;
  • João Batista Bezerra;
  • Edson Dieh Ripoli;
  • Fernando Linhares Dreus;
  • Raphael Maciel Monteiro;
  • Luís Marcos dos Reis;
  • Adriano Alves Teperino.

Mauro Cid é delator no processo e apontado como elo entre Bolsonaro e as Forças Armadas na tentativa de golpe. As testemunhas escolhidas por ele devem detalhar a cadeia de comando e os bastidores do Planalto durante a discussão do alegado plano para um golpe de Estado.

A coleta dos depoimentos marca o início da instrução processual da ação penal contra os réus. Nessa fase, são produzidas provas para a acusação e a defesa.


Testemunhas de Bolsonaro (a partir de 30 de maio)

Entre os nomes indicados pelo ex-presidente para depor em defesa dele, estão aliados políticos e ex-integrantes de seu governo. Os depoimentos devem buscar reforçar a tese da defesa de que Bolsonaro não participou de qualquer articulação golpista:

  • Hamilton Mourão (Republicanos-RS) – ex-vice-presidente, hoje atual senador;
  • Ciro Nogueira (PP-PI) – ex-ministro da Casa Civil, hoje senador;
  • Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) – governador de São Paulo e ex-ministro da Infraestrutura;
  • Eduardo Pazuello (PL-RJ) – ex-ministro da Saúde, hoje deputado federal;
  • Giuseppe Janino – ex-secretário de Tecnologia da Informação do TSE; pode depor sobre segurança das urnas;
  • Marco Antônio Freire Gomes e Carlos Baptista Jr. – ex-comandantes das Forças Armadas que também aparecem na lista da PGR;
  • Rogério Marinho (PL-RN) – líder do PL no Senado; seu depoimento está marcado para 2 de junho, último dia da fase de oitivas.

Marinho também foi escolhido como testemunha por Braga Netto, general da reserva e ex-ministro da Defesa, que está preso preventivamente desde dezembro.

31 dos 34 denunciados pela PGR viraram réus

O STF tornou réus 31 dos 34 denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por participação em uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula e manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022.

As denúncias apresentadas pela PGR foram divididas em núcleos. Um dos últimos grupos a ser julgado foi o “núcleo 3″, que seria responsável pela parte tática do plano.

Dos 12 acusados pela PGR, a Primeira Turma do STF livrou dois — Cleverson Ney Magalhães (tenente-coronel da reserva) e Nilton Diniz Rodrigues (general) — e aceitou as denúncias contra os demais.

Réus do núcleo 1

  • Jair Messias Bolsonaro - ex-presidente da República;
  • Alexandre Ramagem – ex-diretor-geral da Abin e atual deputado federal;
  • Almir Garnier – almirante e ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF;
  • Augusto Heleno – general da reserva e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • Mauro Cid – tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Paulo Sérgio Nogueira – general e ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto – general da reserva, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, e vice de Bolsonaro nas eleições de 2022.

Além dos integrantes do núcleo 1, o STF já aceitou as denúncias da PGR e tornou réus os envolvidos nos outros três núcleos do esquema.

Réus do núcleo 2

  • Fernando de Sousa Oliveira – delegado da Polícia Federal, ex-secretário-adjunto de Segurança Pública do DF;
  • Filipe Martins – ex-assessor de Assuntos Internacionais da Presidência;
  • Marcelo Câmara – coronel da reserva do Exército e ex-assessor da Presidência;
  • Marília Ferreira de Alencar – delegada da PF, ex-diretora de planejamento da Secretaria de Segurança Pública do DF;
  • Mário Fernandes – general da reserva, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência;
  • Silvinei Vasques – ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Réus do núcleo 3

  • Bernardo Romão Correa Netto (coronel do Exército, preso na operação Tempus Veritatis);
  • Estevam Theophilo (general da reserva e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres);
  • Fabrício Moreira de Bastos (coronel);
  • Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel);
  • Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel);
  • Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel, ligado ao grupo “kids pretos”);
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel);
  • Ronald Ferreira de Araújo Júnior (tenente-coronel, citado em discussões sobre minuta golpista);
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel);
  • Wladimir Matos Soares (agente da Polícia Federal).

Réus do núcleo 4

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército);
  • Ângelo Martins Denicoli (major da reserva);
  • Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente);
  • Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel);
  • Reginaldo Vieira de Abreu (coronel),
  • Marcelo Araújo Bormevet (policial federal);
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal).

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