Conselho de Ética pode votar cassação do mandato de Glauber Braga nesta quarta-feira
Deputado pode ser cassado por agressão a Kim Kataguiri e militante do MBL; CCJ e plenário da Câmara também precisam analisar o caso
Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados retoma nesta quarta-feira (9) a votação do processo que pede a cassação do mandato do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). O processo foi iniciado na última semana, mas adiado para que deputados do colegiado tivessem mais tempo para analisar o caso.
O relator do processo, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), defendeu a cassação do mandato do político fluminense. O parecer dele ainda precisa ser votado pelos integrantes do Conselho de Ética.
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Caso o colegiado concorde com o relatório de Magalhães, Glauber ainda pode recorrer à CCJ (Comissão de Constituição de Justiça). Além disso, a palavra final para a perda do mandato dele será do plenário da Câmara.
Glauber é acusado pelo Partido Novo de ter expulsado da Câmara, em abril do ano ado, com empurrões e chutes, o integrante do MBL (Movimento Brasil Livre) Gabriel Costenaro. Durante a confusão, o deputado do PSOL também ofendeu e agrediu o deputado Kim Kataguiri (União-SP).
Relatório defende perda de mandato
Pelo relatório apresentado no Conselho de Ética, Magalhães considera que Glauber Braga cometeu desvio de conduta na agressão ao integrante do MBL.
“Diante das provas produzidas nos autos, verifica-se que o representado extrapolou os direitos inerentes ao mandato, abusando, assim, das prerrogativas que possui”, diz trecho do relatório.
Ao longo da análise do processo no Conselho de Ética, Glauber afirmou que agiu em legítima defesa. Ele apresentou vídeos mostrando abordagens anteriores de Costenaro em reuniões no Largo da Carioca, no Rio de Janeiro.
No mesmo dia da apresentação do relatório, Glauber afirmou estar “tranquilo” com a proposta apresentada, mas também se disse “evidentemente indignado”.
Apesar da posição, Glauber criticou o relatório apresentado por Magalhães e sugeriu que o deputado adotou viés político.
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