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R7 Brasília

‘Conhecimento ancestral é última fronteira contra a destruição’, diz Lula ao comentar 19 de abril

Data celebra o Dia dos Povos Indígenas no Brasil; em publicação nas redes sociais, Lula valorizou o conhecimento dos povos originários

Brasília|Do R7, em Brasília

Lula e o cacique Raoni Metuktire Ricardo Stuckert / PR - 04.04.2025

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu o conhecimento dos povos indígenas em publicação nas redes sociais neste sábado (19), data em que é celebrado o Dia dos Povos Indígenas no Brasil. Na publicação, Lula ressaltou a importância dos saberes e tecnologias milenares para a preservação da vida no planeta.

“Em um mundo que corre atrás do novo sem olhar para o ado, os povos indígenas nos lembram que o verdadeiro futuro é o que resistiu. O conhecimento ancestral é a última fronteira contra a destruição — e a nossa chance de mudar. Abril Indígena, um chamado para ouvir, aprender e mudar”, escreveu.

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O Ministério dos Povos Indígenas também fez uma publicação sobre o tema e defendeu que a data deve direcionar esforços para a COP30, que será realizada em novembro, no Pará.

“Divulgada como a primeira COP realizada na floresta, a atual edição da Conferência é um palco estratégico para mostrar ao mundo os desafios de proteção do bioma amazônico e de seus povos, bem como questões envolvendo o meio ambiente em âmbito global. É necessário apostar na participação social, inclusão, diversidade e na criação de um ambiente para avançar em negociações ambiciosas, que consolidem o multilateralismo e apontem para implementações de ações a proteger o meio ambiente e o conjunto dos segmentos sociais impactados pelas mudanças climáticas”, defendeu.


O Ministério lamentou que nos últimos 12 meses o mundo tenha ultraado o aumento de 1,5ºC na temperatura média. Impedir esse aumento, inclusive, era uma das metas assinadas no Acordo de Paris na COP21, realizada em 2015.  “Isso se agrava na atual conjuntura geopolítica extremamente complexa, em que potências, mesmo cientes da emergência climática e de sua responsabilidade pela exploração desenfreada de recursos naturais, atuam contra o enfrentamento desse processo”, disse.

A pasta reforçou que o Acordo de Paris também “reconheceu a contribuição efetiva dos conhecimentos tradicionais indígenas como conhecimentos necessários para melhores práticas de mitigação e adaptação dos efeitos climáticos”.


“Todavia, isto não resultou em mais políticas em prol dos povos indígenas. O conjunto dos instrumentos de financiamento climático e ambiental vêm demonstrando dificuldade em viabilizar projetos que protagonizam os povos e conhecimentos indígenas. Os estados nacionais também pouco desenvolvem projetos vinculados às metas globais. Como resultado, incluindo os recursos privados e da filantropia, cerca de 1% do financiamento ambiental e climático internacional chega aos povos indígenas e comunidades tradicionais do mundo”, informou.

Desafios

Segundo o Ministério, os povos indígenas são os que mais conservam o meio ambiente e, por isso, a pasta e a presidência da COP30 vem criando “caminhos para que as vozes indígenas sejam mais escutadas e que suas demandas possam ser incorporadas com maior celeridade nas agendas e encaminhamentos da COP”.


“A razão é que a COP 30 precisa proporcionar legados para além de apenas um evento na Amazônia. É crucial que ela possa fortalecer as políticas indigenistas, as organizações e movimentos indígenas no mundo. Uma das conquistas já concretizadas foi a criação do Círculo dos Povos, que conta com uma inédita Comissão Internacional Indígena, ambos presididos pela ministra Sonia Guajajara. A iniciativa foi anunciada durante a 21ª edição do Acampamento Terra Livre, como uma instância para melhor escutar e atender as demandas dos povos que vivem e sustentam a biodiversidade, reconhecendo sua importância e protagonismo na conservação da floresta”, explicou.

O ministério também adiantou que pretende anunciar novos mecanismos financeiros na COP30, como o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) e a renovação da Promessa, onde países e setores da filantropia se comprometem em apoiar organizações indígenas e políticas indigenistas.

“Anúncios como estes, dentre outros que podem ocorrer em Belém, pretendem reestruturar a dinâmica de financiamento internacional e vencer a burocracia existente para que os recursos cheguem aos povos que protegem as florestas. O reconhecimento da contribuição dos territórios indígenas para a mitigação climática é fundamental”, finalizou.

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