Collor, Lula e Temer: veja quantos presidentes foram presos na história do Brasil
Polícia Federal prendeu ex-presidente na manhã desta sexta-feira (25). Dos oito presidentes pós- redemocratização, três foram presos
Brasília|Iasmim Albuquerque*, do R7, em Brasília

Com a prisão de Fernando Collor de Mello, na manhã desta sexta-feira (25), o ex-presidente se tornou o segundo chefe de Estado brasileiro a ser condenado e ter a prisão decretada desde a redemocratização do país. Ele foi sentenciado a 8 anos e 10 meses por corrupção iva e lavagem de dinheiro, crimes cometidos durante seu período como senador, entre 2010 e 2014 no contexto da Operação Lava-Jato.
A PF prendeu Collor por volta das 4h em Maceió (AL), enquanto se deslocava para Brasília. Segundo a defesa, ele se entregou espontaneamente para cumprir a sentença. Após a detenção, o ex-presidente foi encaminhado à Superintendência da Polícia Federal em Maceió, onde permanece custodiado.
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Antes dele, o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foi condenado e preso. Em 2018, Lula teve uma sentença de 12 anos e um mês de prisão por corrupção iva e lavagem de dinheiro.
O ex-presidente cumpriu 580 dias de prisão na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, mas foi libertado em 8 de novembro de 2019, após o STF (Supremo Tribunal Federal) considerar inconstitucional a prisão após condenação em segunda instância.
O ex-presidente Michel Temer também chegou a ser preso preventivamente em 2019. Na ocasião, ele estava sendo investigado por crimes de cartel, corrupção ativa e iva, lavagem de dinheiro e fraudes à licitação na construção da usina nuclear Angra 3.
Apesar de ter sido preso, Temer não teve condenação e as acusações contra ele acabaram anuladas pela Justiça Federal de Brasília, que as considerou “genéricas” e sem provas concretas.
Veja outros presidentes presos
Antes dos presidentes, o gaúcho Hermes da Fonseca foi preso quase oito anos após o fim de seu mandato presidencial, que durou entre 1910 e 1914. Na época, ele criticou a intervenção federal em Pernambuco, ordenada pelo o então chefe de Estado Epitácio Pessoa, sendo detido em julho de 1922.
Sucedido por Getúlio Vargas após um golpe de Estado, Washington Luís foi o único presidente brasileiro a ser preso durante o exercício de seu mandato. Em 1930, Vargas havia sido derrotado na disputa presidencial por Júlio Prestes, candidato indicado por Washington Luís para sucedê-lo.
Contudo, a aliança opositora à chapa de Prestes acusou fraude nas eleições, alegando manipulação dos resultados. Esse clima de insatisfação culminou na Revolução de 1930, que levou o presidente à prisão.
Artur Bernades foi preso em 23 de setembro de 1932, por tentar fazer um levante em Minas Gerais em apoio ao movimento paulista. Ele ficou mais de dois meses detido antes de ir em dezembro para o exílio em Portugal, onde ficou cerca de um ano e meio.
Um ano após ter tido seu mandato de senador cassado e ser exilado pelo regime militar, Juscelino Kubitschek foi preso em 1968 durante a gestão do presidente Costa e Silva. Ele ficou 9 dias detido em Niterói, e mais de um mês em prisão domiciliar.
*Sob supervisão de Leonardo Meireles
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