Cid deixa a PF após ficar em silêncio em depoimento sobre suposta fraude em cartão de vacina
O tenente-coronel chegou à sede da PF, em Brasília, às 14h23 e saiu do prédio por volta das 15h sem falar com a imprensa
Brasília|Plínio Aguiar e Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

O tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, deixou a Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (18), após depoimento sobre a falsificação de dados em cartão de vacinação. Cid foi transportado pela Polícia do Exército e chegou à sede da PF, localizada na Asa Norte, em Brasília, às 14h23 e saiu do prédio por volta das 15h. Ele ficou em silêncio e não respondeu às perguntas da Polícia Federal. O tenente-coronel também não falou com a imprensa ao sair do prédio.
Cid está preso desde o dia 3 de maio, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A suspeita é de que os registros de vacinação de Bolsonaro, Cid e da filha mais nova do ex-presidente, Laura Bolsonaro, tenham sido forjados. Eles teriam inserido informações falsas no sistema do Ministério da Saúde entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 para conseguir o certificado de vacinação e viajar para os Estados Unidos.
A Operação Venire, da Polícia Federal, sobre o suposto esquema de falsos registros de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, investiga se Jair Bolsonaro (PL) teria sido imunizado em São Paulo, em 2021, e em Duque de Caxias (RJ...
A Operação Venire, da Polícia Federal, sobre o suposto esquema de falsos registros de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, investiga se Jair Bolsonaro (PL) teria sido imunizado em São Paulo, em 2021, e em Duque de Caxias (RJ), em 2022. Foram presos na operação Mauro Cid e Luis Marcos dos Reis, ex-ajudantes de ordens de Bolsonaro; Max Guilherme de Moura e Sergio Cordeiro, seguranças do ex-presidente; Ailton Moraes Barros, candidato a deputado estadual pelo PL no Rio de Janeiro em 2022; e João Carlos de Souza Brecha, secretário da Prefeitura de Duque de Caxias (RJ).
Durante depoimento na terça (16), Bolsonaro afirmou à PF não saber nenhuma informação acerca do suposto esquema que fraudou dados de vacinação e que, se Cid tiver arquitetado o plano, foi à sua revelia, sem nenhum conhecimento nem orientação de sua parte.
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