Bolsonaro acompanha segundo dia de julgamento no gabinete do filho Flávio, no Senado
Primeira Turma do STF retomou o julgamento que definirá se Bolsonaro e outros sete acusados se tornarão réus
Brasília|Victoria Lacerda e Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) optou por assistir à transmissão do julgamento que pode torná-lo réu por tentativa de golpe de Estado no gabinete do filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL), no Senado Federal. Bolsonaro decidiu não comparecer ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quarta-feira (26), dia em que os ministros da Primeira Turma decidirão se aceitam a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República).
Até a noite de terça-feira (25), quando ocorreram as duas primeiras sessões do julgamento, a expectativa era de que Bolsonaro comparecesse ao STF durante a votação.
LEIA TAMBÉM
Julgamento no STF segue para fase decisiva
A Primeira Turma do STF retomou, nesta quarta-feira (26), o julgamento que definirá se Bolsonaro e outros sete acusados se tornarão réus. Este é o segundo dia de análise da denúncia apresentada pela PGR, e a expectativa é de que os ministros iniciem a votação sobre o mérito do caso.
Na primeira sessão, realizada na terça-feira (25), os ministros rejeitaram sete pedidos das defesas dos acusados. O STF esclareceu que, nesta fase do processo, o colegiado apenas verifica se a denúncia preenche os requisitos legais, demonstrando a existência de indícios de crimes e autoria. Ou seja, o julgamento não resultará em condenação neste momento, mas apenas decidirá se a acusação tem fundamentos suficientes para a abertura de uma ação penal. Caso a denúncia seja aceita, os acusados arão a ser réus.
A Primeira Turma do STF é composta pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino.
Quem são os outros acusados?
Além de Bolsonaro, a denúncia da PGR envolve:
- Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin;
- Almir Garnier Santos, almirante e ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF;
- Augusto Heleno, general da reserva e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens da Presidência;
- Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto, general da reserva e ex-ministro da Casa Civil.