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R7 Brasília

Líder do PL chama Haddad de ‘burro’ após embate do ministro com Nikolas

Ministro questionou número de visualizações de vídeo do deputado mineiro sobre o Pix

Brasília|Rute Moraes, do R7, em Brasília

O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados - 10/06/2025

O líder do PL (Partido Liberal) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), chamou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de “burro” nesta quarta-feira (11). Sóstenes fez o comentário ao falar de uma declaração do ministro durante audiência pública ocorrida nesta manhã em uma comissão da Casa.

“O ministro Haddad veio hoje a essa Casa, e ele, que não sabe fazer uma conta simples, falou que era impossível o vídeo do deputado Nikolas ter 300 milhões de views. Primeiro, que ele é analógico porque não sabe que views não é igual a pessoas. Ele não sabe o que significa visualização. É literalmente um analógico. Não tem condições de ser ministro da Economia. Segunda coisa, ele falar que não tem 300 milhões de pessoas que falam português no mundo. Ele não sabe somar porque é burro”, disse o líder do PL.

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“É só somar todos os países que falam português, além do Brasil, que ele vai chegar à soma de 300 milhões de pessoas. É só ele ver... Timor-Leste, Angola... Se ele não sabe os países que falam português — Portugal, Brasil —, eu falo para ele”, prosseguiu o deputado.

Procurada pelo R7, a equipe do ministro não retornou até a publicação dessa reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.


Nesta manhã, Haddad mencionou o vídeo do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), publicado em janeiro, em que o parlamentar criticava uma norma da Receita Federal que ampliava a vigilância no Pix.

A gravação do parlamentar deixava dúvidas sobre uma eventual taxação futura da modalidade de pagamento e atingiu diretamente a cúpula do Palácio do Planalto. Depois da repercussão negativa da medida, a norma foi revogada.


Haddad questionou a quantidade de visualizações do vídeo, dizendo que “não existem 300 milhões de pessoas no mundo que falem português”.

Na ocasião, o ministro respondia a questionamentos feitos por Nikolas e pelo deputado Carlos Jordy (PL-RJ), que não estavam mais na audiência para ouvir a resposta de Haddad. Minutos depois, a sessão foi encerrada após um bate-boca geral.


Discussão com Haddad

O desconforto dos parlamentares começou após uma resposta de Haddad a colocações de Nikolas e Jordy, que afirmaram haver excesso de gastos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enquanto a gestão anterior teria tido superávit no último ano de mandato.

Os dois deputados adotaram tom crítico, afirmando que o ministro atua atuado com “barbeiragem”. Haddad questionou os dois deputados por terem deixado a comissão após as falas e disse que levantar o assunto e não seguir para ouvir respostas seria “molecagem”.

“Nós estamos aqui com gente séria. Todo mundo que falou aqui está procurando um caminho para o país, está procurando fazer um encontro de contas, botar as cartas na mesa. Esse tipo de postura, esse tipo de molecagem de Nikolas e Jordy, que correram do debate, não vai adiantar”, disse.

“Quem sabe, eles apareçam aqui ou ouçam essa gravação no YouTube, para ver se aprendem um pouco de conta pública. É muito indigno esse tipo de coisa”, reclamou Haddad.

Momentos depois, Jordy e Nikolas voltaram para a audiência com o ministro. O deputado do Rio de Janeiro disse que “moleque” é Haddad. “Não vem aqui querer cantar de galo na Câmara dos Deputados, porque você é ministro, mas eu sou deputado. Respeite o parlamento. Moleque é você.”

Depois, Nikolas respondeu ao ministro sobre as visualizações de seu vídeo. “Vossa Excelência acha que há debate sério com alguém que fala que eu não posso ter 300 milhões de visualizações no vídeo, porque não há 300 milhões de pessoas no mundo que falam português? É sério?”, questionou.

Nesse momento, o presidente da Comissão de Finanças e Tributação, Rogério Correia (PT-MG), interrompeu a fala de Nikolas. “Deputado, Vossa Excelência não vai falar no berro. Calma. Vossa Excelência não é melhor que os outros”, disse.

O bate-boca se intensificou a partir de então, e Correia decidiu finalizar a sessão. “Como há três deputados que não querem deixar ninguém falar, eu não posso continuar a reunião. Está encerrada a reunião. Ao ministro, eu peço desculpas pela atitude desses deputados que vieram aqui para fazer baderna, que é exatamente o que eles sempre tentam fazer”, concluiu.

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